The Smashing Pumpkins – Nothing Ever Changes (1988)/The Smashing Pumpkins (1989)/Moon (1989)

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Bem antes de se tornar algo como um herói às avessas do rock alternativo nos anos 90 à frente do Smashing Pumpkins, Billy Corgan já circulava pelo universo da música, provavelmente pegando no pé dos parceiros em sua banda gótica pré-SP, chamada Marked.

Quando o tal grupo chegou ao fim, ou foi exterminado pelo próprio Sr. Corgan, ele chamou Ron Roesing para tocar bateria em seu novo projeto, e assim – resumidamente – surgia a primeira versão dos Pumpkins. Deu-se então a grande virada neste início de história: enquanto trabalhava numa loja de discos, Billy conheceu um guitarrista chamado James Iha, também vidrado em Cure, e com essa formação – Roesing logo seria substituído por uma bateria eletrônica – nasceu o primeiro registro da banda, Nothing ever changes (gravado na casa dos pais do carecão), uma mistura de Cult, Sisters of Mercy e Billy Corgan, ainda muito, mas muito longe de “Rhinoceros” ou “Today”.

 

 

Corgan, Iha e sua drum machine passaram a se apresentar por Chicago, e nessa época conheceram D’arcy Wretzky, que foi arregimentada por Billy e assumiu o baixo dos Pumpkins. O trio impressionou Joe Shanahan, dono do Cabaret Metro, que os queria ao vivo em sua casa com a condição de terem um baterista ‘humano’. Um amigo da banda recomendou Jimmy Chamberlin, até então músico de jazz, e o quarteto estava formado e pronto para se apresentar no Metro em 05 de outubro de 1988.

Se estabelecendo na cena local, os tais Smashing Pumpkins gravaram mais uma demo que vendiam em seus shows, trilhando o caminho de dez entre dez bandas independentes. The Smashing Pumpkins, a fita, teve tiragem de 500 cópias e hoje, se você esbarrar com uma, roube-a, venda-a e garanta sua velhice. Duas das seis faixas da demo são da primeira banda de Corgan, a citada Marked; “Jennifer ever” é uma bela canção, mas é “East” que já tem ‘a cara’ do SP.

 

 

Faltava pouco para “I am one”, a Sub Pop, Butch Vig e Gish mas antes disso, ainda no mesmo 1989 em que veio ao mundo a fita acima, agora já como uma ‘banda de verdade’, os Pumpkins gravaram mais uma demo a ser vendida em suas apresentações, também vendida hoje ao preço de um rim. Moon já são os abóboras amassadas que todos amam desde 91, inclusive com versões cruas da esplêndida “Rhinoceros” e da curtinha “Daydream”, tudo entrecortado por falas religiosas em espanhol que mais parecem ter saído de um disco do Jane’s Addiction (risos), com quem aliás foram comparador (mais risos).

Daí em diante bastaram algumas viagens com ácido para compor o amado e já citado Gish e 20 mil doletas para entrar no Smart Studios sob a tutela do também já citado Butch Vig, mas as histórias acerca do meu álbum preferido de Billy e cia. ficam para um outro dia. Por hoje, sugiro aumentar o volume e sacar como eram os Smashing Pumpkins antes de pegarem carona com seu vocalista num caminhão de sorvete e saírem por aí celebrando o amor e a chapação.

 

Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos

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