Em 1978 os amigos John Talley-Jones, Kjehl Johansen e Kevin Barrett decidiram montar uma banda punk, igual a tantos outros moleques de Los Angeles que não sabiam tocar absolutamente nada. Numas de tirar um sarro da própria cena em que se inseriram, adotaram o nome Urinals e passaram a ‘fazer shows’ parodiando outros grupos punks, até que foram aprendendo o básico dos instrumentos que empunhavam e a parada foi ficando séria.
Em 1980, após dois disquinhos de 7 polegadas, mudaram o nome do trio para 100 Flowers. A música da outrora banda satírica evoluiu drasticamente, incorporando a cadência funkeada e as experimentações da galera de Leeds, as trips mais psicodélicas dos também contemporâneos Dunedin’s da Flying Nun e muito do Fall.
Em 1983 lançaram seu primeiro e único disco cheio, no ano seguinte seu único EP (Drawing fire), e então evanesceram no éter. Johansen e Jones ressurgiriam algum tempo depois com o Trotsky Icepick até que já em 96 retomariam o Urinals (onde seguem até hoje), mas o que realmente importa – ao menos por aqui – são os dois
registros como 100 Flowers, que em 1990 foram compilados pela Rhino como a coletânea 100 Years of pulchritude, que junta o álbum, o EP e faixas não lançadas.
Mesmo nunca tendo atingido as massas indie/alternativa/qualquer porra, a música dos caras é foda e merece ser (re)descoberta e passada adiante; justamente por acreditar piamente nesta afirmação, aqui vão as duas versões da compilação: a oficial, num player do youtube, e a ‘separada’, direto do bandcamp do 100 Flowers.
Ouça no talo!
Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos
