É bom pra caralho demais ver uma banda como o Swervedriver na ativa após tanto tempo de existência e com um hiato igualmente longo em meio a seus quase 30 anos de estrada.
Melhor ainda é vê-los tocando como se nunca tivessem parado, de uma forma natural, fluída. A despeito do show que fizeram por aqui em 2016 – porque ali o clima era de missa – o primeiro disco que lançaram após seu retorno, I wasn’t born to lose you (de 2015), comprova por a+b o que acabei de afirmar.
E agora, quatro anos depois, Adam Franklin e cia. retornam às prateleiras para, de uma forma mais desacelerada mas igualmente espontânea, dar continuidade a sua história com um novo capítulo chamado Future ruins.
O disco saiu em fevereiro último e como entrega seu título e o nome de algumas faixas (“The lonely crowd fades in the air”, “Good times are so hard to follow”) a temática aqui não é das mais otimistas, mas afinal como não ser pessimista nos dias atuais? Ponto para as composições de Mr. Franklin. E como dito no parágrafo acima, o andamento desacelerado das canções e os (belos e) melancólicos arranjos se entrelaçam perfeitamente a esse ar triste e acinzentado de Future ruins.
Se o Swervedriver – como tantos outros contemporâneos – tinha tudo para seguir em frente como um pastiche de si mesmo, aqui – como no trabalho anterior – deixa claro que prefere não trilhar o fácil caminho do revivalismo. Nasceram no início da década de 90, morreram alguns anos depois, mas ressuscitaram como uma banda do tempo em que vivem.Que sigam assim.
Belíssimo álbum!
Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos