Quasi – Breaking The Balls Of History (2023)

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Quando percebemos nossa impermanência neste mundo a única opção possível é realizar tudo que desejamos agora, neste exato momento, porque como diriam aqueles caras de Liverpool ‘tomorrow never knows’.

Em 2019 Janet Weiss saiu do Sleater Kinney após mais de duas décadas segurando as baquetas da banda; pouco tempo depois sofreu um acidente de carro que lhe quebrou as pernas e a clavícula e quando começava a se recuperar veio a pandemia de covid-19. Ela poderia pensar ‘caralho, minha vida acabou’, mas ao invés disso percebeu (ou sentiu) o que escrevi no primeiro parágrafo, então chamou seu velho amigo e parceiro musical Sam Coomes, se trancaram em casa e assim renascia a banda/dupla que formaram ainda nos anos 90, o seminal Quasi.

Em 5 dias de 2020 os dois compuseram e gravaram Breaking the balls of history, que depois foi entregue à produção de John Goodmanson e em fevereiro de 2023 veio ao mundo via Sub Pop.

O álbum é um reflexo tanto da era sombria em que foi escrito quanto da vontade de Janet e Sam de tocar e mostrar ao mundo – e a si, claro – que estavam vivos, portanto é um disco intenso, quase (hahaha) um grito, um esporro barulhento e politizado.

Afora tudo isso é a prova da química existente entre os dois, já que há dez anos não trabalhavam juntos e ainda assim gravaram um puta disco, o que aliás é via de regra na carreira do Quasi desde R&B transmogrification, lá de 1997.

Sem mais, aumente o volume, escute Breaking the balls of history no talo e sinta a vida fluindo por suas veias. Do amanhã ninguém sabe…

 

Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos

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