Bleached – Welcome The Worms (2016)

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Conheci as irmãs Clavin (Jennifer e Jessica) quando descobri uma pequena cena musical californiana que gravitava ao redor de uma espécie de centro de experimentações artístico-culturais de Los Angeles chamado The Smell. À época, graças ao saudoso Manu, me liguei na banda das gurias, a Mika Miko, e também em No Age, HEALTH, Abe Vigoda e outras tantas deste celeiro DIY.

Isso foi por volta da metade da década passada, e após o fim do Mika Miko em 2009 perdi contato com minhas amigas (risos), até que alguns anos depois o algoritmo do youtube me sugeriu uma música chamada “Keep on keepin’ on” enquanto eu provavelmente escutava grupos formados por garotas e, cara, foi amor à primeira audição. Não o tipo de paixão passageira, mas aquele amor que você sabe que irá se emaranhar em cada célula de seu corpo, tanto que hoje estou aqui escutando a mesma canção com o mesmo apego e escrevendo sobre a banda que a compôs e o disco onde ela está, respectivamente Bleached e Welcome to the worms.

Mas o que isso tem a ver com Jessica e Jennifer, alguém pode me perguntar. Elementar, meu caro amigo imaginário: a citada Bleached nada mais é que a então e ainda atual encarnação musical das Clavin. E Welcome to the worms, o disco, saiu em 2016 é o segundo delas.

Caso você desconheça o Mika Miko e saque apenas esta face das irmãs certamente sabe que a pegada deste álbum – bem como dos outros dois delas, um anterior e outro posterior – é o que se chama por aí de pop-punk ou o que o valha, bebendo de fontes clássicas como Ramones, Runnaways, Muffs, Donnas e afins; caso você desconheça o Bleached e saque apenas o Mika Miko, pense em algo do tipo ‘a adolescência das meninas acabou, elas desaceleraram, diminuíram os aditivos (risos), aprenderam a tocar/cantar (mais risos) e passaram a escrever sobre a vida adulta’. E caso você desconheça ambas, eis as Bleached!

Não, Welcome to the worms não mudou nem vai mudar os rumos da música contemporânea nem os de sua vida (provavelmente, mas vai que…). Mas porra, quem se importa com tudo isso quando se tem nos ouvidos 10 canções simples, diretas e absolutamente irrepreensíveis em seus quatro acordes divididas em pouco mais de meia hora? Sabe aqueles dias em que você tá meio cagado e precisa de uma parada pra te dar um gás e te tirar da merda? Aperte o play em “Keep on keepin’ on” e deixe este disco fluir.

Ouça no talo!

 

Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos

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