Alunos de escolas de Guarapuava constatam, às margens dos rios, problemas ambientais

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Sensibilizar a comunidade sobre a problemática ambiental relacionada aos rios que ficam na região urbana de Guarapuava. Esse é o objetivo do Projeto Crise Hídrica: Oficinas Ecopedagógicas, desenvolvido por professores e acadêmicos do curso de Ciências Biológicas da Unicentro. “Nós tentamos estimulá-los a conhecer os corpos de água próximos a essas escolas e, a partir disso, tentar trabalhar a realidade local dentro dos problemas e as possíveis soluções para que esse ambiente se torne melhor”, contou uma das coordenadoras do projeto, professora Ana Lucia Suriani.

O projetos prevê saídas de campo para verificar situações do rio in loco (Foto: Coorc)

O projetos prevê saídas de campo para verificar situações do rio in loco (Foto: Coorc)

A proposta foi contemplada pelo primeiro edital público da Prefeitura Municipal de Guarapuava para a execução de projetos na área ambiental. Com isso, recebeu quase 50 mil reais de recursos provenientes do Fundo Municipal de Meio Ambiente. O trabalho já começou e está os primeiros resultados já estão aparecendo.
Adolescentes de três colégios de Guarapuava, escolhidos a partir da constatação da existência de rios próximo a elas, estão participando das atividades do projeto. “Nós já fizemos uma saída de campo para entender a percepção que esses alunos têm sobre o ambiente e sobre o rio. Andamos pelo colégio, pelo entorno do colégio, fomos até as margens do rio e os alunos escolheram, então, a imagem que melhor representava a sua concepção de ambiente e a sua relação com o rio”, explicou a professora Adriana Kataoka, também coordenadora do projeto.
O passo seguinte foi levar os alunos até a comunidade para descobrir, por meio de um questionário, como os moradores se relacionam com o rio. Seo Admilson de Souza destacou a importância de cuidar do rio que fica próximo da sua casa. “Acho que nós devemos preservar a água, preservar o meio ambiente porque isso não é para nós, mas para nossos filhos, nossos netos, nossos bisnetos. Eles vão precisar muito daquele rio”.
A saída de campo também foi importante para os alunos. Muitos deles, como a Marielle Tonatto Penteado, não conheciam a realidade dos rios próximos às escolas. “A qualidade do rio está péssima. Tem muito lixo e eu vi isso agora, por causa do projeto”, contou. A acadêmica de Ciências Biológicas, Adriene Belloni, também destacou os benefícios de aproximar os adolescentes da realidade do rio. “Eles vão conseguir enxergar a realidade das pessoas que moram próximo ao rio, quais são os principais problemas e a gente pode discutir dentro das salas de aula e levar para a prefeitura e órgãos públicos medidas que possam ser tomadas para melhorar a qualidade vida das pessoas”.

Perceber como a qualidade do rio interfere na qualidade de vida de quem mora nas imediações também está nos objetivos do projeto (Foto: Coorc)

Perceber como a qualidade do rio interfere na qualidade de vida de quem mora nas imediações também está nos objetivos do projeto (Foto: Coorc)

De volta a sala de aula, os alunos tiveram acesso a informações sobre aspectos críticos envolvendo o ambiente e a crise hídrica. A professora Lindacir Rocha, que acompanha as atividades do projeto no Colégio Estadual Antônio Tupy Pinheiro, destacou que a temática poderá ser discutida em diversas disciplinas, o que ajuda a ampliar o debate com os alunos. “Esse projeto veio no momento certo. Estamos sofrendo muito com a crise da água, mas não estamos conscientizados. Então, essa parceria, eu acho que é realmente muito boa porque vai ter essa conscientização tanto da nossa parte, enquanto professores, quanto dos alunos”.
A partir dessas discussões, os adolescentes deverão elaborar um material informativo. “Com o que foi visto, creio que todos aprenderam muitas coisas e vai mudar muito. Vai ser bem preservado”, disse o aluno Marcelo Henrique de Paula. “A ideia é que eles sejam multiplicadores dessa importância da preservação e da complexidade da crise hídrica. Quanto mais pessoas informadas, que consigam passar essa informação para frente, mais o projeto vai ter os seus fins alcançados”, acrescentou o professor Marcos Veiga, do Departamento de Ciências Biológicas da Unicentro.

Fonte: Coorc Unicentro

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