Um “genebrino” na ONU

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A designação de António Guterres como futuro Secretário-Geral da ONU, (a partir de 1° de janeiro de 2017) foi recebida com alegria pela Genebra Internacional, que teve a impressão que um dos seus ocupará o cargo máximo da organização. Ontem, ele foi referendado no cargo pela Assembleia Geral.

António Gutterres conhece bem a ONU que vai dirigir. (Getty Images)

António Gutterres conhece bem a ONU que vai dirigir.

(Getty Images)

É que o ex-primeiro ministro português passou dez anos de sua vida em Genebra (1995-2015), quando dirigiu o Alto Comissariado da ONU para os refugiados (HCR).

Em discurso à Assembleia na quinta-feira (13), Guterres descreveu a ONU como a principal instância de “diplomacia para a paz" e se comprometeu a exercer seu cargo para todos os membros da organização.

Em um comunicado na quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores suíço disse que "olha para a frente e vai trabalhar com Guterres, apoiando-o na execução de seus futuros deveres".

“António Guterres provou suas qualidades de líder. Seu desafio será construir uma ONU capaz de encontrar soluções políticas coletivas às crises inextricáveis de hoje. Somos impacientes de trabalhar com ele”, declarou o diretor-geral da Cruz Vermelha Internacional (CICR), Yves Daccord.

De fato, a chegada de António Guterres suscita muita esperança. “Dados todos os desafios que nos aguardam nas questões dos refugiados e migrantes no futuro, a grande experiência de António Guterrez adquirida no humanitário é uma vantagem para seu novo cargo”, reagiu a diretora de Handicap Internacional Suíça, Petra Schroeter.

O sucessor de Ban Ki-moon conhece bem os meandros da crise síria. Será que seu carisma e seu senso político poderão salvar a ONU do descrédito?

Ele parte, em todo caso, com os valores de paz e de defesa dos direitos humanos caros a Genebra. “A ação humanitária é não somente um imperativo moral, mas também um elemento muito importante para preservar a paz e a segurança no mundo”, declarou ele em entrevista aos jornais suíços Tribuna de Genebra e 24 Horas em novembro de 2011.

Fonte: Swiss Info

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