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França reafirma desejo de fechar campo de migrantes em Calais
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O campo de migrantes de Calais, que recebeu um recorde de entradas durante o verão francês de 2016.
REUTERS/Pascal Rossignol
O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, reafirmou nesta sexta-feira (2), a intenção de fechar definitivamente o acampamento de migrantes em Calais, conhecido com a "Selva".
Cazeneuve afirmou que o desmantelamento do acampamento será feito com "método" e "controle". O ministro do Interior declarou ainda durante discurso dessa sexta-feira (2) em um quartel da polícia de Calais que será "através da perseverança e método que alcançaremos uma solução eficaz até que o encerramento definitivo do campo, que espero ser o mais rápido possível".
Este é, na verdade, uma tentativa para obter ganho de causa junto ao Conselho de Estado francês sobre o encerramento de uma área de comércios informais localizado ao norte do local, um pedido invalidado pelo Tribunal Administrativo de Lille em 12 de agosto, e para acelerar a criação de um Centro de Recepção e Orientação (CAO) e um Centro de Apoio para requerentes de asilo (CADA). O passo final do processo seria o desmantelamento do acampamento em si.
A creche Jules Ferry (que oferece chuveiros, refeições e 400 camas à noite para mulheres e crianças) e do Centro de Atendimento Provisório (PAC), espaço com 1,5 mil dormitórios, ambos no acampamento de Calais, não seriam afetados de imediato, de acordo com fontes próximas ao ministro.
A população do campo alcançou um número recorde neste verão na França: são atualmente 6,9 mil migrantes em Calais de acordo com o governo, 9 mil de acordo com associações humanitárias, causando protestos e pedidos de desmantelamento por parte de setores econômicos e políticos locais.
O ministro Bernard Cazeneuve chamou o Centro de Recepção e Orientação (CAD) e o Centro de Apoio para requerentes de asilo (CADA) de "nó" da política do governo sobre o tema da imigração: segundo ele, "desde 27 de Outubro de 2015, 5.528 pessoas foram apoiadas; 80% deles pediram asilo na França ", finalizou.
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Fonte: Rádio França Internacional