17/11/2015
Nações Unidas apoiam Marcha das Mulheres Negras no Brasil
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Diretora da ONU Mulheres faz primeira visita oficial ao país; durante dois dias, Phumzile Mlambo-Ngcuka participa de eventos contra o racismo e contra a violência de gênero.
Phumzile Mlambo-Ngcuka estará no Brasil. Foto: ONU/Devra Berkowitz
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A diretora-executiva da ONU Mulheres faz sua primeira visita oficial ao Brasil esta semana. Phumzile Mlambo-Ngcuka estará no país durante dois dias, participando de eventos de combate ao racismo e à violência contra as mulheres.
Na quarta-feira, a chefe da ONU Mulheres acompanhará a Marcha das Mulheres Negras 2015 em Brasília. A caminhada "contra o racismo e à favor do bem viver passará pelo Museu da República, Eixo Monumental e Congresso Nacional.
Década Internacional
Phumzile Mlambo-Ngcuka já foi vice-presidente da África do Sul, onde participou da luta contra o apartheid e segundo a ONU Mulheres, foi uma das principais articuladoras da Década Internacional de Afrodescendentes, em vigor
até 2024.
Além de marchar, a diretora da ONU Mulheres vai conversar com mulheres negras, organizadoras da manifestação e com líderes do movimento feminista. Na quarta-feira, também está previsto um encontro de Mlambo-Ngcuka com a presidente Dilma Rousseff e a ministra das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Nilma Gomes.
Campanha Global
O Brasil vai presidir a próxima sessão da Comissão da ONU sobre o Estatuto da Mulher em março de 2016, em Nova York, e esse será um dos temas da conversa com a presidente Dilma.
Na noite do dia 18, vários prédios públicos em Brasília serão iluminados de laranja, como parte de uma campanha global pelo fim da violência contra as mulheres.
Segundo a agência da ONU, o laranja evoca a solidariedade com meninas e mulheres vítimas da violência e a cor traz a "energia necessária para que superem a situação".
No segundo dia da visita ao Brasil, a diretora da ONU Mulheres visitará a Casa da Mulher Brasileira, que já atendeu mais de 1,3 mil mulheres vítimas da violência desde que foi inaugurada, em junho.
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