21/11/2016
África teve mais de 60% dos fundos para combater comércio ilegal de animais
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Banco Mundial fala de um total de US$ 190 milhões doado anualmente aos continentes africano e asiático desde 2010; Moçambique beneficiou-se de 5% do montante.
Antílope, animal adorado em Angola e alvo de caçadores. Foto: Pnuma/WED2016
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
África recebeu US$ 833 milhões nos últimos seis anos do Programa Global de Vida Selvagem para combater o comércio ilegal de animais.
O valor corresponde a 63% do total de US$ 1,3 mil milhões doados por 24 entidades internacionais aos continentes africano e asiático desde 2010.
Moçambique
O Banco Mundial revela que a cifra equivale a cerca de US$ 190 milhões por ano. O principal dos cinco maiores beneficiários foi a Tanzânia com 8%. A República Democrática do Congo e Moçambique tiveram 5%, seguidos pelo Gabão e pelo Bangladesh, com 3%.
A primeira Análise de Financiamento Internacional para Combater o Comércio Ilegal de Animais Selvagens destaca que os fundos concedidos contra os crimes na natureza são escassos.
O documento revela haver 1.105 projetos em 60 diferentes países e regiões.
Doadores
O Fundo Global para o Meio Ambiente, GEF, lidera a lista dos doadores e é seguido pela Alemanha, pelos Estados Unidos, pela Comissão Europeia e pelo Banco Mundial. O grupo contribuiu com US$ 1,1 mil milhão.
A vice-presidente do Banco Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, Laura Tuck, disse que os crimes ambientais privam os países de recursos naturais e minam o seu desenvolvimento sustentável e inclusivo.
Segundo ela, é preciso uma forte coordenação de esforços e de financiamento dos doadores para enfrentar o problema.
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Fonte: Rádio ONU