Tuxedomoon – No Tears (1978)

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Tuxedomoon – No Tears (1978)

 

O Tuxedomoon é daquelas coisas estranhas, inclassificáveis e desconhecidas porém incrivelmente influentes para quem em algum momento tomou contato com sua música perturbada.

Surgido como um duo durante a explosão punk em San Francisco, ali por volta de 1977, são da mesma estirpe de gente como Suicide, Chrome, Pop Group e outras estranhezas fora da curva (normalmente) associada ao pós-punk.

Se valendo tanto de eletronices ‘vintage’ quanto de violino e saxofone aliados à guitarra e baixo (bateria só eletrônica), gravaram uma porção de singles e EPs de forma independente antes de assinarem com a Ralph Records (dos insólitos Residents) para então lançar seu primeiro álbum cheio, Half-mute. E é um desses EPs que a gente põe na roda agora, o disquinho que traz o maior ‘sucesso do Tuxedomoon e lhe dá nome: No tears, de 1978.

Confesso que fiquei de cara quando escutei essa parada pela primeira vez. Só conhecia a faixa “No tears”, imaginava algo na mesma linha nas outras três canções do EP, mas o rolê aqui é outro, muito mais experimental, espacial e influenciado pelo mestre Bowie que o 4×4 à Devo da citada música com a qual já havia tomado contato.

Depois, movido pela eterna fome por música que me assola diariamente, fui atrás da sequência de discos dos caras e então entendi que “No tears” é quase uma exceção à regra, que os caminhos percorridos por Steven Brown e Blaine Reininger (e depois Peter Principle e mais um monte de malucos) nunca foram lineares ou previsíveis e que eles estão, por assim dizer, mais próximos ao Minimal Compact que ao Red Zebra.

Comparações à parte, aumente o volume, aperte o play e não estranhe se ao escutar “New machine” achar que é algum lado b perdido da fase Berlim de David Jones (risos).

Boa viagem!

 

 

 

Aqui uma versão de Desire, segundo disco do Tuxedomoon acompanhada pelo EP No tears.

 

 

 

E aqui a sempre incompleta versão do spotifail

 

Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos

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