Majesty Crush – Love 15 (1993)

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O quarteto Majesty Crush é um dos grandes exemplos do ‘banda certa, na hora certa MAS no lugar errado’, ao menos se seguirmos uma linha de pensamento mercadológico e/ou do quão populares eles seriam SE tivessem nascido na Inglaterra. Caso contrário, tudo está como deve ser e assim, passadas duas décadas do lançamento de seu primeiro e único disco, os caras sigam praticamente desconhecidos.

A banda surgiu no limiar da década de 90 e só durou até 1995, mas abriu para grupos como Mazzy Star, Royal Trux e Verve. Sua música, calcada em shoegaze/dream pop, era enriquecida com influências da soul music de sua terra natal (Detroit) – especialmente nos vocais de David Stroughter e nas linhas de baixo do ex-Spahn Ranch Hobey Echlin; tinham ‘tudo para dar certo’, porém…

Calhou de assinarem contrato com uma subsidiária da Warner, a Dali Records, que não se esforçou o mínimo na divulgação do sensacional Love 15, o tal disco citado no primeiro parágrafo deste pequeno texto e que, vejam só, quebrou pouco tempo após pôr o álbum no mercado. Daí acabou o tesão, e quando acaba o tesão em plena juventude, não há diálogo que resolva. Era o fim do Majesty Crush.

Mas Love 15 foi a marca que eles deixaram no submundo da música, onde permanece até hoje esperando ser descoberto por aficionados. Enquanto a banda é – nos gêneros ou sub-gêneros em que é é rotulada – das poucas a ter pretos em sua formação (como A.R. Kane e The Veldt, por exemplo), o álbum, por suas referências extra-roqueiras e pelas letras de Stroughter – que falam, entre outras coisas, sobre pornografia e heroína -, guarda semelhanças com trabalhos de outra banda ianque, essa fora do gueto gazer, o Afghan Whigs.

Bem, o recado foi dado e agora é com você: descubra (ou redescubra) o amor adolescente e perturbado do Majesty Crush. Ouça no talo!

 

 

Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos

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