Echo & The Bunnymen – Porcupine (1983)

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Echo & The Bunnymen – Porcupine (1983)

 

Comecei a consumir música em formato físico pra valer no comecinho da década de 90, e dessa época trago muitas recordações e paixões musicais que transcendem os anos. Antes de ‘ter idade’ pra me jogar nas galerias da 24 de maio e outras tantas lojas especializadas, comprava discos em qualquer lugar que os vendessem, de lojas de shopping a pequenas bibocas escondidas pelos bairros da zona sul.

Com a pouca grana que tinha (tinha?), dava preferência a essas tais bibocas, com caixas de feira espalhadas pelo chão e quilos de vinis juntando poeira. E só quando sobrava um troco ia nas Billbox da vida, e foi justamente num rolê desses que me deparei com o terceiro álbum do Echo & The Bunnymen, primeiro deles que escutei e onde começou minha paixão pelos roedores.

Engraçado que muitas das memórias dessa época em diante são quase borrões, mas, muito provavelmente pelo amor incondicional à música, as lembranças de (algumas) compras de discos permanecem vivas e claras. Neste caso, tinha ido a uma lojinha pequena num shopping recém inaugurado ‘perto’ de casa, e fui direto à sessão de rock gringo na intenção de comprar algo das minhas então bandas de cabeceira (leia-se Cure, Joy Division, Smiths, Bauhaus e outras darquices – nada que tenha mudado muito com o tempo).

Dentro do que cabia no bolso, estava Porcupine. Não sacava muito do Echo, aliás só conhecia os hits (“Killing moon”, ah, quanta história…). Enfim, não pensei duas vezes e comprei o biscoito, e como sempre acontecia corri pra ouvir o disco na gradiente da minha mãe; chegando em casa, aqueles momentos mágicos: abrir o pacote, sentir o cheiro, colocar o vinil pra rodar, ler o encarte, absorver cada detalhe. Nada ali se parecia muito com “Killing moon” ou “Lips like sugar”, nenhuma faixa tinha ‘cara de hit’, mas caralho eu não conseguia para de ouvir aquelas 11 músicas.

O tempo passou, descobri os dois álbuns anteriores do Echo & The Bunnymen, peguei bode deles, o bode passou, descobri que só os amo até 87, fui numa coletiva da banda mas não quis ir ao show, e com tudo isso e mais algumas histórias, Porcupine, a descoberta, permanece como meu favorito em sua longa discografia.

Essencial!

 

 

Abaixo, os vídeos extraídos de Porcupine

 

 

Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos

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