Dummy – Mandatory Enjoyment (2021) + Dumb EPs / Mono Retriever (2022)

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Dummy – Mandatory Enjoyment (2021) + Dumb EPs / Mono Retriever (2022)

 

Milênios atrás, antes da internet e suas maravilhosas ferramentas de busca, comprei vários discos e cassetes por causa da capa, por gostar do nome da banda, enfim, tiros no escuro que muitas vezes acertaram no alvo e outras tantas, não (risos).

Pois bem, em algum momento do obscuro ano de 2020, vulgo ano retrasado, enquanto pesquisava algo relativo ao Dummy, clássico-mais-que-clássico debute do Portishead, me deparei com uma banda homônima ao álbum e, num desses tiros no escuro versão 2.0, apertei o play num EP que também carrega o mesmo nome e assim, sem querer, esbarrei num grupo que de desconhecido se tornou preferido da casa.

 

 

O disco acima é uma compilação lançada neste ano com os dois primeiros EPs do quinteto de Los Angeles, incluso o tal disquinho que escutei em 2020. A influência de Stereolab e Broadcast grita aos ouvidos já em “Angel’s gear” e segue direto até “Prime mover unmoved”, ora mais guitarrenta (como nas duas faixas citadas), ora mais experimental (“Touch the chimes”, “Nuages”). Impossível – ao menos pra mim – não se apaixonar.

Em 2021 o Dummy recalibrou o foco nessas e em suas outras referências (psicodelia sessentista, minimalismo kraut, shoegaze/dream pop) e investindo ainda mais em ambiências chegou a seu primeiro disco cheio, Mandatory enjoyment, que saiu pelo ótimo selo de Chigado Truble in My Mind e você escuta logo abaixo 👇

 

 

E assim, sob as bençãos de distorções, eletronices vintage e belas harmonias vocais chegamos a Mono retriever,  mais recente single dos californianos que a grande e sempre antenada Sub Pop pôs no mundo em junho último, sem tirar nem pôr absolutamente uma vírgula na sonoridade dos registros anteriores.

Se eu disser que vai revolucionar o mundo da música ou algo do tipo estou mentindo descaradamente, por outro lado se te disser que pode mudar maravilhosamente seu dia e colocar o Dummy entre suas novas bandas favoritas, a verdade é tão cristalina quanto a beleza caleidoscópica de “Pepsi vacuum”. Duvida? Aperte o play e ateste.

Boa viagem!

 

Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos

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