Até o próximo dia 5 de novembro, o professor Rhuan Targino Zaleski Trindade vai estar na Universidade Católica João Paulo II de Lublin (KUL), na região leste da Polônia. Ele chegou no país no dia 20 de outubro para ministrar palestras, realizar visitas técnicas e workshops com pesquisadores de outras instituições, além de participar de reuniões para o desenvolvimento de um projeto de cooperação internacional.
Docente do Departamento de História do Câmpus de Irati (Dehis/I) da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), ele conta que a viagem foi feita a convite da instituição polonesa, através do professor Piotr Rachwał, e tem como objetivo estabelecer as bases para trabalhos sobre a história demográfica da população polonesa no Brasil. “O professor Piotr desenvolve pesquisas sobre demografia histórica e busca estabelecer um intercâmbio entre pesquisadores brasileiros e poloneses a fim de desenvolver essa especialidade junto aos imigrantes e seus descendentes no Brasil. Eu, por ser especializado na questão da imigração, colonização e etnicidade polonesa no país, logo me interessei pelo projeto”, comenta o docente da Unicentro.
Na segunda-feira (28), Rhuan proferiu uma palestra no Instituto de História da Universidade de Lublin sobre as disputas entre a polonidade e a brasilidade nos anos 1930. No mesmo local, na quarta-feira passada (23), o professor trouxe como recorte a imigração polonesa entre 1869 e 1939. Os vídeos com as falas estão disponíveis na página do Facebook do Instituto.
Hoje (29), uma reunião também definiu os detalhes sobre o desenvolvimento de uma cooperação internacional para dar continuidade à pesquisa com a história demográfica da população polonesa no Brasil.
“Isso faz parte de um projeto maior da Universidade Católica de Lublin de catalogar fontes sobre a imigração e colonização polonesa no Brasil. A ideia agora é partir de livros de registros paroquiais e civis sobre imigrantes e pensar dados de História e demografia de forma interdisciplinar. Com isso, vamos analisar diferentes perspectivas sobre as vidas dos imigrantes poloneses no Brasil e estudar um grande volume de fontes em espacialidades e temporalidades específicas”, explica o docente.
Rhuan lembra que esse intercâmbio entre os dois países já é antigo e que o Centro de Documentação e Memória do Câmpus de Irati da Unicentro (Cedoc/I) é um espaço privilegiado para esse tipo de trabalho. “Os pesquisadores poloneses já estiveram na Unicentro, assim como em outros locais, em busca de documentos sobre a presença polonesa no Brasil. Assim, a Unicentro se torna um dos espaços fundamentais para o desenvolvimento de pesquisas sobre a imigração e a colonização polonesa, especialmente em virtude da documentação do Cedoc”, pontua.
Por Wyllian Correa
Você já conhece o canal de transmissão da Unicentro no WhatsApp?
Lá, você encontra notícias fresquinhas e em primeira mão, além de comunicados oficiais, eventos, conquistas da galera e muito mais! Clique aqui para participar e fique por dentro de tudo o que é destaque na nossa universidade.