Na noite da última quinta-feira (25), o Câmpus Cedeteg foi palco de um marco histórico ao realizar a aula inaugural do curso de Tecnologia em Big Data no Agronegócio da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). Essa iniciativa pioneira, sendo o primeiro curso dessa natureza oferecido por uma instituição pública no Paraná, promete revolucionar a forma como a tecnologia é aplicada no setor agrícola do estado.
O evento reuniu acadêmicos, professores e profissionais do agronegócio para acompanhar a palestra ministrada pelo professor Luís Hilário Tobler Garcia, coordenador do curso de Big Data no Agronegócio da Fatec – Faculdade de Tecnologia “Shunji Nishimura” de Pompeia (SP). O tema da palestra, “Entendendo e desmistificando a profissão do futuro”, refletiu o objetivo principal do curso: preparar os estudantes para as demandas crescentes por profissionais qualificados em análise de dados no setor do agronegócio.
O reitor da Unicentro, professor Fábio Hernandes, celebrou a implantação do curso depois de muito estudo e comprometimento dos departamentos de Ciência da Computação e Agronomia. “Hoje é um momento bastante especial para nossa universidade, é mais um novo curso, desta vez um curso de tecnologia, o primeiro presencial. Esse curso foi muito bem construído, pensado e hoje é realidade. Estamos muito felizes e esperançosos, temos a certeza que vai ser um sucesso aqui para nossa região o Big Data no Agronegócio”, disse.
Pioneiro no Paraná, o curso demonstra um grande potencial de contribuir para o desenvolvimento regional. “É o primeiro curso de Big Data em universidade estadual no nosso Paraná, então nós temos a responsabilidade de mostrar que é um curso que veio para ficar, que é um curso que tem uma alta empregabilidade para ajudar a transformar sempre o nosso estado, o nosso país e trazendo mais justiça social”, declarou o reitor da Unicentro.
O curso
A solicitação para a implantação do curso foi apresentada à universidade pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), a partir de estudos que mostraram a necessidade de mais profissionais qualificados na área de inteligência artificial voltada ao setor produtivo da agroindústria. Com início em 2024, o curso de Big Data no Agronegócio da Unicentro terá duração de três anos e é ofertado no Câmpus Cedeteg, em Guarapuava, no período noturno.
A professora Carolina Paula de Almeida, coordenadora do curso, enfatizou a relevância estratégica da iniciativa da Unicentro. “Esse curso coloca a Unicentro como pioneira nessa área e coloca a região com um potencial de crescimento, com relação a o que os profissionais podem oferecer, no sentido de olhar para os dados que já são produzidos no agronegócio e agregar valor a eles, ajudá-los a tomar decisões, evitando perdas, aumentando produtividade, gerando sustentabilidade. O futuro é muito promissor para a região e para quem for usufruir desses profissionais que vão ser formados aqui pelo curso de Tecnologia em Big Data no Agronegócio”, disse a docente do Departamento de Ciência da Computação.
A vice-diretora do Câmpus Cedeteg, Aline Marques Genú, expressou entusiasmo e expectativas elevadas em relação ao curso. “O potencial é tremendo, porque Guarapuava é uma região de elevadas produções, tanto de milho, quanto de batata, quanto de cereal de inverno, somos os principais produtores do Estado do Paraná, senão do Brasil, então a gente tem um potencial extremamente elevado para esse tipo de formação profissional”, disse.
Docente do Departamento de Agronomia e do curso em questão, Aline destacou como a coleta e análise inteligente de dados podem otimizar processos e impulsionar a inovação no agronegócio. “Atualmente, a gente tem uma quantidade de dados muito grande da produção agrícola, você tem mapa de produtividade, dados de clima, custo de produção em geral, então saber lidar e juntar todas essas informações para que isso gere uma segunda informação que traga para o produtor algo que ele tem que fazer para diminuir o custo e melhorar a produtividade, essa é uma das ideias da aplicabilidade desse curso. Qualquer avanço que você tenha que faz com que o produtor produza melhor, com mais sustentabilidade, menos tempo e de melhor forma é sempre muito útil”, declarou a vice-diretora.
Por Giovani Ciquelero
