13º Colóquio de Cartografia para Crianças e Escolares inicia com palestra sobre desenvolvimento do pensamento geográfico

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Na noite da última terça-feira (7), o Teatro Municipal de Guarapuava foi palco da abertura do 13º Colóquio de Cartografia para Crianças e Escolares. O evento, de natureza científica e pedagógica, reúne pesquisadores, professores e estudantes para discutir metodologias de ensino, aprendizagem e o papel da cartografia na educação básica.

Realizado pelo Grupo de Pesquisa e Extensão Educação Geográfica e Cartografia para Escolares (EducartGEO) da Unicentro, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Geografia e uma rede de colaboradores, o evento conta com uma programação híbrida – online e presencial – de palestras, trabalhos de campo, grupos de trabalho, minicursos, oficinas e atividades culturais. Todas essas ações da programação estão sendo coordenadas por especialistas na área, com palestrantes de diferentes universidades do Brasil, Chile e Espanha.

Para a coordenadora do evento, professora Marquiana de Freitas Vilas Boas Gomes, o colóquio é uma oportunidade única de promover o diálogo entre diferentes áreas do conhecimento e fortalecer a formação de professores. “A cartografia é uma linguagem fundamental e é poderosa, mesmo hoje com as tecnologias, nós sabemos que, apenas ter acesso ao mapa não é suficiente para ler o mundo, para isso, nós precisamos de uma mediação didática e temos um papel fundamental do professor. E o protagonista tem que ser o estudante, então nesse evento, nossa preocupação está em discutir como a pesquisa tem sido avançada na cartografia escolar nos últimos 40 anos e de que maneira tem alcançado a escola, e quem sabe, desse colóquio, a gente pode criar mais pontes para que a escola esteja presente, viva na universidade e a universidade na escola”, afirmou a docente do Departamento de Geografia da Unicentro.

Para Marquiana, a extensão surge como elo fundamental no desenvolvimento da pesquisa e na formação de professores. “Nós temos experimentado, por meio da extensão universitária, integrando ensino e pesquisa, que o convívio direto com a escola faz a gente conhecer um universo de trabalho, um mundo, e esse mundo precisa ser conhecido por nós, pesquisadores, para que a gente possa formar melhor professores e esses professores, em uma retroalimentação, possam fazer a diferença na vida desses alunos”.

O vice-reitor da Unicentro, professor Ademir Fanfa Ribas, ressaltou a importância do evento para a comunidade acadêmica e o fortalecimento do tripé universitário. “Uma universidade pública de qualidade, como a Unicentro, tem um tripé, que é o ensino, a pesquisa e a extensão, onde nós fazemos da nossa atividade um conjunto de tarefas, que não é simplesmente ensinar em sala de aula. Eu acho muito importante e é uma mensagem muito forte que esse projeto que a professora Marquiana, junto com os demais pesquisadores e extensionistas, vem realizando e mostrando a força desse tripé na universidade e na sociedade”, declarou.

A vice-diretora do Câmpus Cedeteg, professora Aline Marques Genú, enfatizou a relevância do colóquio e o quanto a temática foi relevante em sua formação. “Para mim, essa temática é bastante importante, eu sou professora do Departamento de Agronomia e trabalho com mapeamento de solos, então trabalhar com mapas é parte da minha vida, e talvez se não fossem os meus professores de geografia, eu não estaria dando aula de mapeamento de solos. Faz parte da minha vida a cartografia e o ensino também da área de mapas e de cartografia, então é um evento, sem dúvida, de uma temática muito importante para a formação dos nossos alunos”, disse.

A palestra de abertura, proferida pelo professor Ronaldo Goulart Duarte, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), trouxe reflexões sobre “A cartografia escolar e o desenvolvimento do pensamento geográfico”. O palestrante destacou a importância de uma abordagem pedagógica que estimule a reflexão e a construção do conhecimento geográfico. “Eu entendo que esse é um tema extremamente oportuno, porque eu estou plenamente convencido que a maior tarefa da educação geográfica brasileira, nessa primeira metade do século XXI, está vinculada à construção de uma poderosa identidade disciplinar na geografia escolar. Essa tarefa de ensinar a pensar geograficamente, sobretudo a partir dos mapas, é o grande meta conteúdo da educação geográfica que nós temos que perseguir e isso precisa ser efetivamente investido pelo conjunto da comunidade de profissionais da geografia. A cartografia é um pivô nesse processo de levar o nosso aluno a pensar geograficamente”, disse.

O 13º Colóquio de Cartografia para Crianças e Escolares segue até a próxima sexta-feira (10), promovendo o intercâmbio científico e pedagógico, com apresentações de trabalhos, mesas-redondas e oficinas pedagógicas. As transmissões de painéis e mesas redondas podem ser acompanhadas pelo canal do EducartGEO no Youtube.

Por Giovani Ciquelero

Fotos: Incubadora Social da Unicentro


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