Na Suíça, deputados e senadores empregam familiares

0
66


Capa - SWI swissinfo.ch

Atualidade suíça em 10 idiomas

pt

Busca na swissinfo

Menu

Busca

Colaboradores parlamentares
Na Suíça, deputados e senadores empregam familiares

Por Sibilla Bondolfi

Enquanto François Fillon, candidato à presidência francesa, enfrenta acusações de ter durante anos pagou com dinheiro público a esposa dele como colaboradora parlamentar – ao que parece sem trabalhar realmente – na Suíça, os eleitos podem sem problema empregar membros da família.

François Fillon e a esposa Pénélope. Na Suíça, eles teriam menos problemas.

François Fillon e a esposa Pénélope. Na Suíça, eles teriam menos problemas.

(AFP)

Os parlamentares suíços recebem um fixo de 33.000 francos por ano para despesas de pessoal. “A experiência mostra que também há membros da família empregados como assistentes”, explica o Serviço do Parlamento. Mas o governo federal não sabe se os parentes são pagos ou não por seus serviços; ele não é informado da conclusão de eventuais contratos de trabalho.

Les parlementaires suisses touchent un forfait de 33'000

Isso não é problema na Suíça: os parlamentares recebem de qualquer maneira esse dinheiro e podem utilizá-lo como quiserem. Dito de outra maneira, se a família Fillon fosse suíça, ninguém se preocuparia se madame teria ou não trabalhado como assistente parlamentar para o marido.

A pressão nos políticos

Na Suíça, com o sistema de milícia, o problema é muito diferente da França: os parlamentares não são profissionais e atuam em política ao lado de suas profissões. Portanto, devem conciliar política e atividades pessoais.

Segundo o deputado federal socialista Matthias Aebischerexternal link, os políticos são sobrecarregados. “Pessoalmente, tem pelo menos cinco dias por semana em trabalho até meia-noite. Panes, doença e pressão fazem parte da rotina no parlamento”, conta o deputado para swissinfo.ch.

É por isso que Matthias Aebischer lançou uma iniciativa parlamentar pedindo mais meios ao governo federal. Concretamente, deputados e senadores deveria poder contratar um colaborador pessoal a 80%. A ideia foi acatada pela comissão das instituições políticas da Câmara e agora vai para a mesma comissão do Senado.

Contra a influência dos lobistas

Como argumento de apoio ao seu pedido, o deputado cita, entre outros, a redução da influência dos lobistas. “Quando preparo uma reunião de comissão onde abordamos em média 10 a 20 assuntos, preciso de informações complementares”, explica. E, ao invés de buscar essas informações junto a representantes de grupos de interesse, seria melhor poder atribuir a um colaborador pessoa de fazer as pesquisas. Isso evitaria

escândalosexternal link como o que ocorreu em 2013 um dos deputados mais conhecidos do parlamento.

Assine a newsletter da swissinfo.ch e receba diretamente os nossos melhores artigos.

Endereço e-mail

swissinfo.ch em português


Adaptação: Claudinê Gonçalves

Escreva o primeiro comentário a este artigo:

Escreva um comentário…

Mais…
Menos…

Direitos Autorais

Todos os direitos reservados. O conteúdo do site da swissinfo.ch é protegido por direitos autorais. Ele é destinado apenas para uso privado. Qualquer outro uso do conteúdo do site além do uso acima estipulado, especialmente no que diz respeito à distribuição, modificação, transmissão, armazenagem e cópia, requer a autorização prévia por escrito da swissinfo.ch. Caso você esteja interessado em algum desses tipos de uso do conteúdo do site, entre em contato conosco através do endereço contact@swissinfo.ch.

No que diz respeito ao uso para fins privados, só é permitido o uso de hyperlink para um conteúdo específico e para colocá-lo no seu próprio site ou em um site de terceiros. O conteúdo do site da swissinfo.ch só poderá ser incorporado em um ambiente livre de publicidade sem quaisquer modificações. Especificamente aplicável a todos os softwares, pastas, dados e seus respectivos conteúdos disponibilizados para download no site da swissinfo.ch, uma licença básica, não exclusiva e não transferível é concedida de forma restrita a um único download e gravação de tais dados em dispositivos privados. Todos os outros direitos permanecem sendo de propriedade da swissinfo.ch. Em especial, proíbe-se qualquer venda ou uso comercial desses dados.

Reutilizar artigo

Na Suíça, deputados e senadores empregam familiares
Sibilla Bondolfi
27. Fevereiro 2017 – 14:45

Enquanto François Fillon, candidato à presidência francesa, enfrenta acusações de ter durante anos pagou com dinheiro público a esposa dele como colaboradora parlamentar – ao que parece sem trabalhar realmente – na Suíça, os eleitos podem sem problema empregar membros da família.

Os parlamentares suíços recebem um fixo de 33.000 francos por ano para despesas de pessoal. “A experiência mostra que também há membros da família empregados como assistentes”, explica o Serviço do Parlamento. Mas o governo federal não sabe se os parentes são pagos ou não por seus serviços; ele não é informado da conclusão de eventuais contratos de trabalho.

Les parlementaires suisses touchent un forfait de 33'000

Isso não é problema na Suíça: os parlamentares recebem de qualquer maneira esse dinheiro e podem utilizá-lo como quiserem. Dito de outra maneira, se a família Fillon fosse suíça, ninguém se preocuparia se madame teria ou não trabalhado como assistente parlamentar para o marido.

A pressão nos políticos

Na Suíça, com o sistema de milícia, o problema é muito diferente da França: os parlamentares não são profissionais e atuam em política ao lado de suas profissões. Portanto, devem conciliar política e atividades pessoais.

Segundo o deputado federal socialista Matthias Aebischer, os políticos são sobrecarregados. “Pessoalmente, tem pelo menos cinco dias por semana em trabalho até meia-noite. Panes, doença e pressão fazem parte da rotina no parlamento”, conta o deputado para swissinfo.ch.

É por isso que Matthias Aebischer lançou uma iniciativa parlamentar pedindo mais meios ao governo federal. Concretamente, deputados e senadores deveria poder contratar um colaborador pessoal a 80%. A ideia foi acatada pela comissão das instituições políticas da Câmara e agora vai para a mesma comissão do Senado.

Contra a influência dos lobistas

Como argumento de apoio ao seu pedido, o deputado cita, entre outros, a redução da influência dos lobistas. “Quando preparo uma reunião de comissão onde abordamos em média 10 a 20 assuntos, preciso de informações complementares”, explica. E, ao invés de buscar essas informações junto a representantes de grupos de interesse, seria melhor poder atribuir a um colaborador pessoa de fazer as pesquisas. Isso evitaria

escândalos como o que ocorreu em 2013 um dos deputados mais conhecidos do parlamento.

×

Destaque



Classe B
Seis coisas sobre a classe média suíça



Em causa própria
Um aplicativo no Android e Apple Store para se integrar …



Política migratória
Suíça aplica de modo muito rigoroso os acordos de Dublin?



especiais
Votações de 12 de fevereiro de 2017



especiais
Guia da Suíça



especiais
O túnel do São Gotardo



Barômetro da Preocupação
Imigração atormenta suíços



especiais
Refugiados

Fonte: Swiss Info

Deixe uma resposta

Por favor digite seu comentário!
Por favor digite seu nome