Sublime With Rome promete seu melhor em próximo álbum

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Sublime With Rome promete seu melhor em próximo álbum


Banda toca no Brasil este mês

por Henrique Inglez de Souza
10 de Set. de 2018 às 14:35

O Sublime With Rome desembarca esta semana no Brasil, três anos depois de sua última visita. O trio norte-americano fará quatro shows: em Porto Alegre (13/09, Bar Opinião), São Paulo (14/09, Audio), Rio de Janeiro (15/09, Hub RJ) e Belo Horizonte (16/09, Hangar 677).

A turnê, contudo, traz uma formação diferente das que vimos por aqui anteriormente: em 2017, o baterista Carlos Verdugo juntou-se a Rome Ramirez (vocal, guitarra) e Eric Wilson (baixo). Essa também é a encarnação responsável pelo álbum de estúdio que está a caminho, ainda sem título divulgado. Um single, “Wicked Heart”, ganhou as redes sociais no fim de julho e não mostra algo tão diferente daquilo que o Sublime With Rome vinha fazendo (o que é algo positivo). A faixa, com sua levada cativante, agrada – nem parece que a letra nasceu de uma desastrosa noite romântica do vocalista com sua mulher. Rome conta que foi só começarem a falar de dinheiro que a coisa entornou: “O clima esquentou e, de repente, um belo jantar transformou-se na Guerra Fria! O que começou tão agradável e bonito virou um negócio do mal”.

Mas o sucessor de Sirens (2015) surgiu de uma combinação plural de referências. Teve influência dos artistas da lendária gravadora jamaicana Studio One – nomes como Lee “Scratch” Perry fizeram a cabeça do trio. E também houve referências mais pesadas, do punk, além de samples. Uma salada e tanto, sobre a qual pouco sabemos (só que a previsão de chegada ao mercado é para 2019).

“As pessoas esperam que façamos um álbum de rock reggae, certo? São assim as músicas mais populares da banda”, diz Rome. “Mas algumas das melhores coisas do Sublime antigo não viraram singles. São canções influenciadas por Black Flag e Greg Ginn, por exemplo. E foi por essas praias que trilhamos nesse novo álbum.”

A banda resolveu variar na produção das novas faixas e interrompeu a duradoura parceria com Paul Leary – o mesmo de Sublime (1996), dos hits “Santeria” e “What I Got”, e dos dois discos da era Rome. A batuta de seu vindouro registro ficou nas mãos de um sujeito renomado e premiado, Rob Cavallo (Phil Collins, Green Day, Linkin Park). E, pelo visto, a aposta deu certo.

“O Rob é um dos melhores produtores com quem trabalhamos. Pretendemos contar com ele novamente, no futuro”, elogia o vocalista. Quanto ao resultado final dessa feliz aliança em estúdio, o músico garante: “Os fãs podem esperar o melhor do Sublime”.

Ainda que a ponte com o Sublime do finado Bradley Nowell seja inevitável, o trio conquistou seu lugar depois que Rome Ramirez assumiu a liderança. Musicalmente, convence e tem seu carisma. Além do mais, a química dele com o baixista Eric Wilson, único remanescente dos áureos anos 1990, criou um algo próprio, que transcende aquela época. Pensando por esse viés, talvez a promessa que ronda o novo disco diga bastante acerca do que iremos ouvir no Brasil nos próximos dias.



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