Rolling Stone · O que esperar de Superbloom, primeiro disco solo de Ashton Irwin, do 5 Seconds Of Summer?

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Baterista e vocalista do 5SOS se aventura em sonoridades e revisita a subjetividade em projeto solo

Ashton Irwin, baterista e vocalista da banda australiana5 Seconds of Summer, surpreendeu o público com o anúncio em setembro do primeiro disco solo da carreira, Superbloom. Quase seis meses após o lançamento de CALM, último álbum do 5SOS, o músico divulgou o nome, a capa e o primeiro single do projeto, “Skinny Skinny”. 

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Em CALM, os quatro integrantes, Ashton Irwin, Luke Hemmings, Calum Hood e Michael Clifford, apresentaram um trabalho mais maduro – resultado dos nove anos como banda, explorando criações a partir de uma dinâmica de grupo. A experiência e o crescimento  profissional como 5 Seconds of Summer certamente estão refletidos em Superbloom

Com o cronograma completamente alterado por conta da pandemia de coronavírus, o músico se pôs a experimentar, criar e pensar em novas produções – dessa vez, sozinho. Trabalhar pela primeira vez sem a dinamicidade de uma banda permitiu que Irwin explorasse novas sonoridades e expusesse a criatividade de maneira mais autêntica e subjetiva.

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Para além da maturidade vista em CALM, em Superbloom, o baterista parece revisitar os sentimentos mais íntimos e pessoais em um disco que promete ser intenso, subjetivo, curioso e diferente em relação ao que estamos acostumados dos trabalhos anteriores dele. 

Superbloomserá lançado nesta sexta, 23 de outubro. O músico, porém, com o lançamento dos três singles “Skinny Skinny”, “Have U Found What Ur Looking For?”, e “Scar” mostra parte do que podemos esperar para o álbum.

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Disco pessoal e íntimo 

Não foi um simples trabalho de composição. Irwin esquadrinhou o mais profundo do eu e procurou significado nas questões mais íntimas carregadas com ele ao longo dos anos, e não esconde isso nem nas músicas, nem ao falar sobre o disco. 

Ao divulgar “Skinny Skinny“, escreveu no Instagram: “Devemos lutar contra uma escuridão comum que obscurece nossa capacidade de viver verdadeiramente, de viver sem dúvidas e sem autodestruição e amar a nós mesmos pelo que somos. Ao escrever “Skinny Skinny”, primeiro pensei em mim, e depois, em muitos outros jovens que lutam contra a imagem corporal e, principalmente, a dismorfia corporal. É algo que nunca enfrentei de forma criativa e estou me sentindo forte ao dizer que “Skinny Skinny” vai diretamente para aquele lugar doloroso em minha mente.”

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Em “Have U Found What Ur Looking For?”, o artista busca por respostas para a superação do medo, uma vontade intensa de amar e as confusões emocionais causadas pela insegurança. No terceiro single, não é diferente, e há mais sobre o lado pessoal do músico. “Scar” revela as angústias do eu-lírico em se tornar um homem melhor. Nela, o baterista canta: “Não há necessidade de correr e se esconder/ Quando o mundo deixa uma cicatriz”. 

Superbloom, portanto, é resultado desse passeio interno de Irwin, que não será apresentado apenas do amadurecimento e evolução como pessoa e músico, mas também das questões mais pessoais como o abandono, alcoolismo, depressão, dismorfia corporal, vícios e desespero. As mensagens, porém, são trazidas de uma perspectiva otimista, com intuito de mostrar que há esperança mesmo em meio ao caos. 


Sons intensos e novas sonoridades

Ashton Irwin explica na biografia do Spotify que o disco é realmente inspirado em artistas os quais ele admira. Entre eles estão: Foo Fighters, Nick Drake, Stone Temple Pilots, My Bloody Valentine, e outros. Os músicos estão refletidos diretamente na sonoridade do projeto solo. 

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Sem poupar a guitarra e a bateria, “Have You Found What Ur Looking For?” e “Scar” apresentam uma densidade e intensidade sonora, o que dialoga diretamente com a mensagem lírica. Já “Skinny Skinny” explora os sons das cordas do violão. Os três instrumentos devem ser frequentes nas outras músicas de Superbloom.


Lado Artístico

As mensagens lançadas até agora não foram passadas apenas através das sonoridades e letras das canções. No clipe de “Skinny Skinny”, por exemplo, há uma forte linguagem corporal a partir de uma dança contemporânea estrelada pelo próprio Ashton Irwin. Essa fórmula pode ser repetida com outras faixas do álbum. 

Aparentemente, o músico também não mediu esforços com a linguagem visual. Artes para cada uma das três canções lançadas até agora e diversas imagens representam o tom subjetivo e íntimo que Irwin busca com Superbloom

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Assista ao clipe de “Skinny Skinny”:


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