Há 40 anos morria Keith Moon
O baterista do The Who tinha 32 anos e sofreu uma overdose: assista à última entrevista dada por ele, na qual dizia estar fora de controle
por Andy Greene
7 de Set. de 2018 às 13:31
Há exatos 40 anos, o baterista do The Who, Keith Moon, foi encontrado morto em Londres, após sofrer uma overdose de clometiazol, uma substância receitada a ele para aliviar os sintomas de abstinência do álcool.
Moon só tinha 32 anos, mas o uso descontrolado de drogas e álcool o tinha deixado inchado a ponto de ele parecer ser pelo menos uma década mais velho, à época de sua morte.
Um mês antes da tragédia, Moon deu sua última entrevista na televisão. Na ocasião, no programa Good Morning America, estava ao lado de Pete Townshend para promover o álbum então recém-lançado do The Who, Who Are You. Conversando com o âncora David Hartman, Moon fez piada a respeito de seus péssimos hábitos quando questionado se estava com a vida sob controle. “Em alguns dias”, ele disse. “Em outros, estou bem for a de controle. Incrivelmente, ahn, bêbado”. Assista na íntegra abaixo.
Em sua última noite de vida, ele foi à première de A História de Buddy Holly com Paul e Linda McCartney. Depois do filme, voltou para o apartamento e assistiu à comédia de 1971 de Vincent Price O Abominável Dr. Phibes. Antes de ir dormir, tomou 32 comprimidos de clometiazol e foi encontrado morto horas depois.
O The Who voltou para a estrada em maio do ano seguinte, com Kenney Jones, do The Faces, na bateria. Ele durou até 1989, quando o futuro baterista do Toto, Simon Phillips, assumiu o posto. Em 1996, o talentoso filho de Ringo Starr, Zak Starkey, ficou com essa missão, que cabe a ele até hoje, o que quer dizer que ele já tem mais tempo com as baquetas do The Who do que até mesmo Keith Moon. Starkey, porém, é o primeiro a admitir que absolutamente ninguém consegue tomar o lugar que foi de Moon. Ele era insubstituível e o grupo nunca mais foi o mesmo depois que ele morreu.