Em SP, o carismático Harry Styles justifica título de um dos maiores ídolos da atualidade no pop

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Em SP, o carismático Harry Styles justifica título de um dos maiores ídolos da atualidade no pop


Integrante do One Direction trouxe turnê de primeiro disco solo ao Espaço das Américas na
última terça, 29

por Anna Mota
30 de Maio de 2018 às 12:09

O Espaço das Américas, tradicional casa de shows localizada no bairro da Barra Funda, em São Paulo, ficou pequeno para o apaixonado e numeroso público de Harry Styles. Apesar de a
apresentação estar marcada para às 21h, desde o início da noite, na última terça, 29, a rua Tagipuru estava lotada com adolescentes em busca de ingressos, esgotados há meses na bilheteria.

E tal animação só aumentava do portão para dentro. Armada de bandeiras, camisetas, faixas e antecipando refrãos que apareceriam no setlist, a plateia majoritariamente feminina da noite
ignorou a capacidade do local, para oito mil pessoas, e construiu um clima de estádio. Pouco antes do show de abertura, com Leon Bridges, até mesmo um grito político ecoou no local transformado em um reduto do pop, e o público repetiu: “Fora, Temer”.

O ambiente eufórico beneficiou Bridges. Apesar de pouco conhecer as letras das faixas que mesclam soul, rhythm & blues e pop, o público de Styles embalou a performance do norte-
americano com palmas. Em uma apresentação breve, o cantor mostrou consistência e intercalou faixas do disco de estreia, Coming Home (2015), e do recente Good Thing (2018), sem optar por covers para conquistar os presentes.

Mas, às 21h, ficou claro que até então a plateia havia dado apenas uma amostra do que faria. Quando as luzes se apagaram e os primeiros acordes de “Only Angel” tocaram, os gritos foram
ensurdecedores. A sequência inicial, formada por cinco músicas do debute solo do britânico, Harry Styles (2017), estava na ponta da língua de todo mundo.

“Boa noite! Tudo bem? Obrigado!”, disse Styles, antes de cantar a primeira canção do One Direction da noite, “Stockholm Syndrome”. A comoção do momento contextualizou o sucesso do britânico, que apesar de estar afastado do grupo desde 2015, ano em que o 1D entrou em hiato, ainda brilha e se apoia um pouco nas glórias da boyband. Alguns minutos depois, o flashback continuou em um palco montado no centro da casa, em que Styles emocionou com uma versão acústica de “If I Could Fly”, do último disco do grupo, Made in the A.M. (2015).

Mas, ainda que dê aos fãs um pouco da antiga banda, Styles está longe se sustentar apenas nela. Passeando pelo soft-rock em faixas como “Kiwi” e atingindo o auge em baladas como “Two Ghosts”, “From the Dining Table” e “Sign of the Times”, o cantor mostrou versatilidade e desenvoltura suficientes para que o One Direction só seja lembrado quando realmente aparece
no setlist.

Entre as 17 faixas tocadas estavam duas que nem mesmo foram lançadas oficialmente, “Medicine” e “Anna”, além de uma cover que não data da época de maior parte do público — “The
Chain”, do Fleetwood Mac. Tudo isso para deixar bem claro: para além da boyband, Styles é um ídolo pop.

Abaixo, veja o set list completo da apresentação.

Harry Styles no Espaço das Américas, em São Paulo
1 – “Only Angel”
2 – “Woman”
3 – “Ever Since New York”
4 – “Two Ghosts”
5 – “Carolina”
6 – “Stockholm Syndrome” (música do One Direction)
7 – “Just a Little Bit of Your Heart” (música escrita por Harry Styles, originalmente gravada por
Ariana Grande)
8 – “Medicine”
9 – “Meet Me in the Hallway”
10 – “Sweet Creature”
11 – “If I Could Fly” (música do One Direction)
12 – “Anna”
13 – “What Makes You Beautiful” (música do One Direction)
14 – “Sign of the Times”

Bis:
15 – “From the Dining Table”
16 – “The Chain” (cover do Fleetwood Mac)
18 – “Kiwi”



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