Venezuela aguarda resposta de autoridade eleitoral sobre referendo revogatório

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Venezuela aguarda resposta de autoridade eleitoral sobre referendo revogatório

mediaPopularidade de Nicolas Maduro está caindo.
Miraflores Palace/Handout via REUTERS

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela deve anunciar na próxima segunda-feira (1/8) a data da nova coleta de 20% das assinaturas dos eleitores inscritos para reativar o processo do referendo revogatório, a consulta popular que irá avaliar se o presidente Nicolás Maduro continua no poder ou não.

Esse foi o compromisso do presidente do CNE, Luis Emilio Rondón, que foi ao local onde opositores, liderados pela coligação Mesa da Unidade Democrática, protestavam na capital Caracas para pressionar o Poder Eleitoral a cumprir o calendário da instituição. Porém, o CNE afirma que não aceitará pressões em torno do referendo.

Com a popularidade de Maduro caindo, a oposição quer levar o processo adiante para realizar a consulta até dia 10 de janeiro do próximo ano. Caso o referendo seja realizado até essa data, poderá haver novas eleições presidenciais. Caso seja depois, quem assume o cargo, se a população decidir pela saída do presidente, será o vice-presidente.

Hugo Chávez defendia dispositivo como ferramenta da democracia

Defendido pelo ex-presidente Hugo Chávez como uma das ferramentas da democracia, o referendo revogatório tem sido exigido pelos líderes opositores, entre eles o governador Henrique Capriles Radonski, para mudar o poder na Venezuela. No entanto, a cúpula chavista se nega a promovê-lo. Uma das figuras fortes do governo, o deputado Diosdado Cabello, afirma que a consulta popular não será realizada este ano nem no próximo.

Porém, a ala governista tenta uma nova manobra para ganhar tempo: o chavismo pede que o Poder Eleitoral anule a inscrição da coligação opositora MUD como partido político ao alegar que houve uma “fraude gigantesca” na coleta das 200 mil assinaturas que fazem parte de uma das etapas do processo do referendo

Venezuela vive escassez de produtos e inflação disparada

O país está afundado em uma profunda crise que afeta diversos setores, sobretudo o social. A pobreza na Venezuela vem crescendo e a qualidade de vida da população cai diariamente, tanto pela escassez de produtos, como pela altíssima inflação.

São necessários mais de 7,5 milhões de votos para tirar Nicolas Maduro da presidência. De acordo com o instituto de pesquisas Venebarómetro, 64% dos eleitores votariam para tirá-lo do poder.

Venezuela deveria ter assumido presidência do Mercosul

A Venezuela deveria ser o próximo país a receber a presidência rotatória do Mercosul. No entanto, após divergências internas sobre a situação venezuelana, ficou decidido que a reunião que seria realizada neste sábado (29) no Uruguai foi cancelada.

O Brasil já foi notificado pela presidência do Uruguai sobre o cancelamento do encontro. A nova diretriz do Itamaraty diverge que a Venezuela assuma a presidência do bloco devido a atual tensão política no país caribenho.

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Fonte: Rádio França Internacional

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