Tchiloli um dos ex-libris da cultura são-tomense
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Publicado a 27-03-2017
Tchiloli em São Tomé e Príncipe
Assinala-se hoje o Dia Mundial do Teatro. São Tomé e Príncipe desenvolve o texto tchiloli desde o século XVI e tornou-se uma das mais peculiares performances.
O Tchiloli é uma manifestação popular realizada, na maioria das vezes, por actores amadores que interpretam a tragédia do Marquês de Mântua e do Imperador Carloto Magno.
O responsável da Cacau, Casa das Artes, Criação, Ambiente e Utopias em São Tomé, João Carlos Silva, descreve o Tchiloli que se faz hoje; "o Tchiloli continua a ser, ainda hoje, um dos ex-libris da cultura são-tomense. É uma importante manifestação artística e cultural de São Tomé e Príncipe".
Em São Tomé e Príncipe existem dois teatros populares do ciclo das histórias de Carlos Magno; A Tragédia do Marquês de Mântua e do Imperador Carloto Magno, em São Tomé, e o Auto de Floripes, no Príncipe, apresentado tradicionalmente em 15 de Agosto, Dia de São Lourenço.
"Há festas em cada grupo ou quando se fazem as festas comemorativas da independência de São Tomé e Príncipe, mas estão muito ligadas às festas populares que decorrem no tempo seco, na gravana. Nas festas da Trindade, da festa da Nossa Senhora da Nazaré. Hoje com muita pena estamos a tentar fazer alguma coisa em relação a um grupo, mas vários grupos correm o risco de deixarem de existir porque não têm como continuar a sobreviver", descreve João Carlos Silva.
Um espectáculo tem a duração de cerca de seis horas e é apresentado em terra batida num quintal ou numa praça pública, ao ar livre, durante a gravana, a estação seca, sobretudo por ocasião das festas anuais dos santos católicos das vilas e de outras festividades. A influência africana, em termos da noção de tempo, estendeu as poucas páginas do texto original para representações bem mais longas.
Responsável da Cacau, Casa das Artes, Criação, Ambiente e Utopia em São Tomé, João Carlos Silva
27/03/2017
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Fonte: Rádio França Internacional
