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Michelle Obama e Bernie Sanders pedem união democrata em torno de Hillary
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Michelle Obama, durante seu discurso na convenção democrata na Filadélfia, na segunda-feira, 25 de julho de 2016.
REUTERS/Jim Young
Os democratas seguem nesta terça-feira (26) para o segundo dia de sua Convenção Nacional, na Filadélfia, tentando acreditar que conseguiram trazer para a candidatura Hillary Clinton o fundamental apoio da esquerda do partido. Michelle Obama e Bernie Sanders falaram na abertura do evento, na segunda-feira (25), e pediram a união da sigla em torno da ex-secretária de Estado.
Eduardo Graça, correspondente da RFI em Nova York
Falaram na noite de abertura da Convenção Nacional, na Filadélfia, onde Hillary será oficialmente escolhida candidata do partido à sucessão de Barack Obama, os senadores Elizabeth Warren, Corey Booker e Al Franken, luminares da ala progressista, que bateram duro em Trump e ofereceram um quadro muito mais positivo dos EUA do que os republicanos, tratando da recuperação da economia e dos avanços sociais da Era Obama. Nenhum dos discursos no entanto, chegou perto da comoção gerada tanto pela aparição da primeira-dama Michelle Obama quanto pelo fecho, dado pelo senador Bernie Sanders.
Michelle lembrou que Hillary, em 2008, provou ser de fato uma estadista ao se juntar à campanha Obama depois de perder primárias tão competitivas quanto as deste ano. Foi um recado direto para os muitos militantes de Bernie, que gritavam palavras de ação contra a ex-secretária de Estado, inclusive “jamais votaremos em Hillary” e, repetindo os partidários de Trump, “Hillary deveria ser presa”.
A ira dos esquerdistas aumentou com a revelação, por hackers aparentemente oriundos da Rússia, de uma série de e-mails revelando a proteção dada pela cúpula do partido a Hillary, com tentativa de obstruções da campanha de Bernie.
Apoio incondicional de Bernie Sanders
O senador socialista, aplaudidíssimo, defendeu o apoio incondicional a Hillary e convocou a militância a arregaçar as mangas pelo programa político mais progressista da história do Partido Democrata, conquistado por conta da união das duas campanhas.
Nesta terça-feira será a vez do aguardado discurso do presidente Bill Clinton. Amanhã, falam o vice-presidente Joe Biden e o presidente Barack Obama, cuja aprovação chegou a um recorde de 56% esta semana, uma boa notícia para os democratas.
Campanha com apoio do casal Obama
A campanha de Hillary já anunciou que pretende pedir ao primeiro-casal que faça como Bill Clinton há quatro anos e percorra o país pedindo votos para Hillary. O ex-presidente foi importantíssimo para a reeleição de Obama.
As últimas pesquisas nacionais feitas logo após a exposição midiática da convenção republicana na semana passada colocaram Trump em média três pontos a frente de Hillary. Os resultados deixaram os democratas nervosos com a possibilidade de os simpatizantes de Bernie não irem às urnas em novembro ou migrarem para os dois candidatos nanicos, em ascensão, os do Partido Verde e Libertário.
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Fonte: Rádio França Internacional