Manifestação pacífica reprimida em Bissau

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Manifestação pacífica reprimida em Bissau

Por

RFI

Publicado a 09-04-2017

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José Mário Vaz, Presidente da Guiné-Bissau.
SEYLLOU / AFP

Sete jovens do Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados foram ontem detidos e soltos algumas horas depois, durante uma vigilia na capital, na qual pediam a demissão do Presidente José Mário Vaz e a defesa da democracia no país. Segundo Lesmes Monteiro,porta-voz do citado movimento,a vigília foi dispersada com gazes lacrimogéneos pela policia, que atacou os manifestantes à cacetada.

Mais pormenores com o nosso Correspondente em Bissau , Mussa Baldé.

Uma manifestação pacífica de cidadãos inconformados com a crise política, na capital guineense foi dispersada no sábado, de forma violenta pelas forças de polícia. A polícia recorreu a granadas de gás lacrimogêneo e à cacetadas para dispersar os manifestantes, na sua maioria jovens, que estavam numa vigília no centro de Bissau.Os jovens tinham velas acesas em plena estrada que dá acesso ao Palácio da Presidência.Sete jovens entre os manifestantes estiveram detidos no Comissariado da polícia durante algumas horas.O presidente do Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados, Sane Cante declarou que a acção da polícia é ilegal e infringe as regras da democracia.Cante afirmou que não obstante a repressão os protestos vão continuar.A próxima acção dos inconformados está prevista para o dia 20 de Abril aquando da chegada à Bissau do Presidente Macky Sall do Senegal para uma visita oficial de três dias.Os inconformados dizem que Macky Sall é quem está a dificultar a situação política na Guiné-Bissau por isso não será bem vindo.A Liga Guineense dos Direitos Humanos insurgiu-se também contra a atuação das forças da ordem, que qualificou de disproporcional à manifestação dos inconformados.A Liga pede ao Governo que confirme a sua acção aos ditames da lei num Estado de direito, bem como incentiva os jovens a prosseguirem na senda da democracia.

Mussa Baldé, correspondente em Bissau

09/04/2017


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Fonte: Rádio França Internacional

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