Artigo publicado em 14 de Novembro de 2015 –
Atualizado em 14 de Novembro de 2015
Jornais franceses se referem a ataques como horror, carnificina e massacre
Flores depositadas pelos moradores na frente do Bataclan. REUTERS/Benoit Tessier
13 de novembro de 2015. A data que a França nunca irá esquecer está estampada na primeira página do jornal Le Monde que escolheu o título “Terror em Paris” para falar do drama vivido pela cidade após os ataques simultâneos. Foram pelo menos 128 mortos, afirma o jornal sobre o balanço divulgado pelas autoridades francesas até o início da tarde deste sábado.
Em editorial, o Le Monde diz sem meias palavras que a “França está em guerra”. Guerra contra um terrorismo totalitário, cego, terrivelmente mortífero. Desde os atentados de janeiro, inicialmente contra o Charlie Hebdo, as autoridades alertaram os franceses que a ameaça terrorista não tinha desaparecido.
Essa tragédia mostra que os terroristas que mais uma vez tomaram a França como alvo não tem nenhum limite para sua obra mortal, escreve Le Monde.
Le Figaro estampou em letras garrafais: “Guerra em plena Paris”. A foto que ilustra a manchete é de corpos espalhados pelo chão em meio a muito sangue no terraço de um restaurante no centro da capital. Foi uma série de ataques sem precedentes em Paris e nos arredores do Stade de France, afirmou o diário.
Le Figaro destaca o tom grave do presidente François Hollande que foi à tevê anunciar o estado de emergência no país e lembra que ele não esperou o final da intervenção da unidade especial de polícia para anunciar as medidas de emergência como aconteceu em janeiro.
Ataques coordenados
“Massacre terrorista em plena Paris” foi o título escolhido pelo Aujourd'hui en France para se referir à onda de atentados visivelmente coordenados. Testemunhas ouvidas pelo diário indicam que “rajadas de tiros duraram mais de 40 segundos” dentro do Bataclan, quando os espectadores ouviam o concerto do grupo californiano de rock Eagles of Death Metal.
Foi uma verdadeira carnificina, diz o jornal. Aujourd"hui en France relata como foi a operação que retirou o chefe de Estado francês do Stade de France assim que soube da série de ataques. Sua saída foi discreta mas rapidamente ele se dirigiu ao ministério do Interior, de onde convocou uma reunião excepcional de seu Conselho de Ministros.
O jornal também trouxe uma série de fotos que mostrou o drama das vítimas e o intenso trabalho das equipes de socorro.
“Carnificina em Paris”. Assim Libération se referiu à série de ataques e ao elevado número de vítimas. Para o jornal, foram sete ataques simultâneos que deixaram pelo menos 120 mortos, na contabilidade até a manhã deste sábado. "Uma onda de atentados sem precedentes", afirmou. A extensa cobertura começou com uma palavra que resume o sentimento que dominou a capital francesa: “horror”.