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Hillary Clinton retoma campanha nesta quinta-feira
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A candidata Hillary Clinton retomará sua campanha nesta quinta-feira (15).
REUTERS/Brian Snyder TPX IMAGES OF THE DAY
A candidata democrata à presidência americana, Hillary Clinton, retomará sua campanha nesta quinta-feira (15), depois de passar mal durante a cerimônia em homenagem às vítimas do atentado de 11 de setembro. Ontem sua equipe divulgou uma nota dizendo que sua pneumonia "leve e não contagiosa".
A médica da candidata, Lisa Bardack, disse que ela está bem e pronta para voltar à rotina. Hillary "continua saudável e pronta para servir como presidente dos Estados Unidos", afirmou, em um resumo de duas páginas – atualizado e detalhado – sobre sua saúde. Ainda acrescentou que ela "está se recuperando bem com os antibióticos e descansando".
Bardack divulgou os resultados dos exames laboratoriais de Hillary que apontavam para índices "normais" de colesterol, triglicerídeos e outros elementos-chave. "O restante de seu exame está normal e ela está em excelente condição mental", afirmou a médica, acrescentando que a candidata está tomando um anti-coagulante e que suas taxas sanguíneas "estão relativamente estáveis".
A ex-secretária de Estado passa por um momento delicado: criticada pela ausência inicial de transparência sobre sua pneumonia, também é atacada há vários dias pelo campo republicano por ter afirmado que a metade dos eleitores de seu adversário, Donald Trump, eram pessoas "deploráveis".
A 12 dias do primeiro debate presidencial contra Donald Trump e a menos de dois meses da eleição presidencial, Hillary, de 68 anos, precisou de alguns dias de repouso por indicação médica, depois de sofrer um mal-estar no domingo durante os eventos em memória do 11 de setembro.
Mas seu porta-voz anunciou que a candidata retomará sua campanha na quinta-feira. "Ela passou o dia(terça-feira, 13) lendo relatórios, realizando telefonemas e assistiu pela televisão ao discurso do presidente Obama na Filadélfia. Retomaremos as viagens de campanha na quinta-feira", disse seu porta-voz, Nick Merrill, sem dar mais detalhes.
Bill Clinton e Obama apoiam Hillary
Na terça-feira, durante um evento na Filadélfia, Obama afirmou que Hillary Clinton tem sido "acusada de tudo o que se possa imaginar e foi alvo de mais injustas críticas do que qualquer outra pessoa". "Vi o que ela pode fazer, ela nunca abandona!", afirmou Obama, determinado a colocar seu carisma e popularidade, que não param de crescer, a serviço de sua ex-secretária de Estado.
O presidente também disse se sentir frustrado pela maneira como a campanha está sendo coberta pela imprensa americana, alegando que os meios de comunicação terminaram por legitimar um candidato como Trump. "Donald Trump diz todos os dias coisas que teriam sido consideradas desqualificadoras para um aspirante à presidência", insistiu Obama. "Em período eleitoral, frequentemente ouvimos coisas um pouco loucas. Neste ano, é ainda um pouco mais louco que o habitual", ironizou.
Do outro lado do país, Bill Clinton teve que substituir sua esposa em um evento de arrecadação de fundos no qual ela deveria participar na terça-feira em Los Angeles. Também a substituirá nesta quarta-feira em Las Vegas. Em um ato no mesmo momento em Iowa, Donald Trump estigmatizava "a arrogância" de sua rival e denunciava "os desastres em Iraque, Líbia e Síria".
"Os eleitores estão fartos. No dia 8 de novembro retomaremos nosso país", prometeu Trump. "O que têm a perder?", indicou o republicano ao se dirigir aos "que sofrem. Depois dos acontecimentos do fim de semana, Hillary Clinton, ainda à frente nas pesquisas, embora tenha diminuído sua vantagem sobre Trump (45,8%, contra 43,4%, segundo uma média das pesquisas realizada pelo Real Clear Politics), tentará retomar seu crescimento atacando a ausência de transparência do candidato republicano.
(Com informações da AFP)
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Fonte: Rádio França Internacional