França/Atentados –
Artigo publicado em 18 de Novembro de 2015 –
Atualizado em 19 de Novembro de 2015
Suposto mentor dos atentados de Paris não está entre detidos em operação policial
Abdelhamid Abaaoud, suposto mentor dos atentados /Photo d'archives issue des réseaux sociaux/REUTERS
O suposto mentor dos atentados de sexta-feira (13), em Paris, Abdelhamid Abaaoud, não está entre os oito detidos (sete homens e uma mulher) na operação policial da manhã desta quarta-feira (18) em Saint-Denis, na periferia norte de Paris. A informação foi dada esta noite pelo o procurador da República de Paris, François Molins, durante coletiva de imprensa. Salah Abdeslam, procurado pela participação nos ataques nos arredores do Stade de France, também não se encontra no grupo. Porém o corpo de um terrorista morto ainda não foi identificado.
Uma mulher-bomba se explodiu e morreu ao ser confrontada pelos policiais. "A situação nos dois apartamentos foi extremamente delicada e, no momento, não posso dar um balanço definitivo da identidade e do número de pessoas mortas na operação", disse o procurador. "Atualmente as identidades das pessoas detidas no imóvel ainda não foram determinadas."
As autoridades francesas receberam na segunda-feira (16) informações de uma testemunha – confirmada por verificações telefônicas e bancárias – que dizia que Abaaoud se encontrava em território francês, acrescentou Molins.
Segundo declarou o procurador, "tudo leva a crer que o grupo de pessoas detidas e abatidas poderia passar à ação para cometer um novo atentado".
Celular na lixeira
Abaaoud foi apresentado como um indivíduo "suspeito de ser o inspirador de vários projetos de atentados ou de atentados terroristas na Europa em nome da organização terrorista Estado Islâmico".
Um celular foi encontrado em uma lixeira do lado de fora da casa de shows Bataclan, com o sms "vamos lá, vamos começar", enviado na noite dos ataques, completou o procurador.
"As investigações se dedicam, obviamente, a determinar quem foi o destinatário dessa mensagem", enviada às 21h42 (horário local), pouco antes da tragédia", disse Molins.