Estados Unidos/França –
Artigo publicado em 14 de Novembro de 2015 –
Atualizado em 14 de Novembro de 2015
Obama estuda resposta dura para proteger a França do grupo Estado Islâmico
Na noite de sexta-feira, o World Trade Center, em Nova York, exibiu as cores da bandeira francesa em homenagem às vítimas dos atentados. REUTERS/Carlo Allegri
Nova York iniciou o fim de semana em estado de alerta, com segurança reforçada em áreas turísticas como a Times Square. A mídia americana cobriu com especial atenção os ataques terroristas a Paris e tem dado grande espaço a analistas temerosos de que atentados do mesmo porte possam se repetir nos Estados Unidos. É dado como certo um incremento na segurança das fronteiras e aeroportos do país, assim como um aumento na vigilância a cidadãos pelo governo.
Eduardo Graça, correspondente em Nova York
A expectativa por aqui é a de que os ataques terroristas a Paris se revertam em uma estratégia mais agressiva da Casa Branca em relação ao grupo Estado Islâmico (EI). O governo americano parece finalmente disposto a encarar a guerra contra o autoproclamado califado como um conflito de proporções globais, e não mais um fato restrito ao Oriente Médio.
O presidente Barack Obama deixou Washington hoje durante o dia para participar do encontro de cúpula do G20 em Antália, na Turquia, certo de que a reunião será pautada pelos ataques a Paris. Há uma expectativa nos Estados Unidos de que as maiores economias do planeta unifiquem seus planos de combate ao EI, com novas pontes a serem estabelecidas com a Rússia e, através de Moscou, até mesmo com o Irã. Até o momento, o governo americano tem resistido às pressões por envio de tropas à Síria e ao Iraque, focando a ajuda aos aliados curdos e ao governo iraquiano, com bombardeiros aéreos contra as bases do grupo Estado Islâmico na região.
Em um pronunciamento duro, Obama disse ontem que os Estados Unidos darão todo o apoio ao povo francês, “o primeiro aliado que nosso país teve em sua história”. Falando em francês, Obama afirmou que liberdade, igualdade e fraternidade representam valores caros não apenas para a França, mas para os americanos também. E lembrou que Paris é a representação do progresso da humanidade.