África do Sul: cresce contestação à Jacob Zuma

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África do Sul: cresce contestação à Jacob Zuma

Por

RFI

Publicado a 02-05-2017

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O Presidente da África do Sul, Jacob Zuma.
REUTERS/Philimon Bulawayo

O dia 1 de Maio, dia mundial dos trabalhadores confirmou o crescendo na frente anti-Jacob Zuma na África do Sul. Contestado desde há meses no seio do seu próprio partido ANC(Congresso Nacional Africano), o Presidente Zuma enfrenta cada vez mais dificuldades políticas, devido à sua implicação em escândalos que provocaram não só críticas da parte da oposição mas também de vários quadrantes da sociedade sul-africana.As próximas eleições gerais na África do Sul, estão previstas para 2019, mas interrogações subsistem sobre a sustentabilidade do mandato de Jacob Zuma. Em declarações à RFI, o analista e académico Andre Thomashausen explica-nos porquê que o chefe de Estado sul-africano desencadeou um consenso contra os seus métodos de governação.

Vinte e três anos depois das primeiras eleições do após-apartheid, a população da África do Sul, exprime cada vez mais o seu descontentamento em relação ao executivo de Jacob Zuma. O movimento de contestação que exige a renúncia do Presidente Zuma regista um crescendo, não só no seio da classe política sul-africana, mas também de toda a sociedade. A alegada implicação de Jacob Zuma em vários escândalos de corrupção, no decurso dos dois últimos anos e as crescentes dificuldades económicas do país da África austral, contribuiram para o consenso segundo o qual, o Presidente sul-africano devia apresentar a sua demissão. Representada pela DA( Aliança Democrática) de Mumsi Maimane e pelo EFF(Economic Freedom Fighters ) de Julius Malema, a oposição tem contestado veementemente a governação de Jacob Zuma,mas sem conseguir efectivar a sua demissão através da via parlamentar.

Segundo os analistas locais, a sociedade civil sul-africana considera que a continuidade de Jacob Zuma até 2019, tornou-se insustentável face às dificuldades crescentes da África do Sul e o recuo da credibilidade política do Chefe de Estado, confrontado igualmente com a dissidência no seio do Congresso Nacional Africano. A batalha pela sucessão de Jacob Zuma, foi encetada entre os que apoiam o vice-presidente do partido e da África do Sul, Cyril Ramaphosa e antiga ministra e ex-esposa de Jacob Zuma, Nkosazana Dlamini-Zuma .

Todavia, segundo o analista e académico André Thomashausen, face as suas dificuldades crescentes, o Presidente Zuma poderia optar por ganhar tempo, de forma a preparar a sua retirada .

Andre Thomashausen 02.05.2017

02/05/2017


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Fonte: Rádio França Internacional

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