Resolução da ONU endossa reformas na operação da ONU na Guiné-Bissau
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Conselho de Segurança aprova reorganização que deve ajustar ações políticas e de desenvolvimento da organização no país; para os 15 Estados-membros, crise institucional impede avanço da agenda nacional de reformas.
Resolução foi aprovada por unanimidade nesta quinta-feira, 23 de fevereiro. Foto: ONU/Rick Bajornas
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
O Conselho de Segurança estendeu esta quinta-feira o mandato do Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Uniogbis, até fevereiro de 2018.
A adoção unânime da resolução pelos 15 Estados-membros foi confirmada na voz do embaixador da Ucrânia, Volodymyr Yelchenko, que este mês ocupa a presidência do Conselho.
Política e Desenvolvimento
O documento endossa a proposta de reestruturação que prevê integrar a missão política às atividades de desenvolvimento no país africano. A ideia é "reorientar os esforços" para impulsionar as capacidades e o papel político de facilitação e racionalizar a sua estrutura de gestão.
Num informe apresentado no princípio de fevereiro, o secretário-geral pediu reformas na "postura operacional" da Uniogbis para reforçar as capacidades políticas com a libertação de recursos das capacidades programáticas.
Crise
O Conselho expressa preocupação com as persistentes dificuldades políticas e institucionais e a crise que envolve o presidente, o primeiro-ministro, o presidente do Parlamento e partidos políticos.
Para o órgão, a situação "tem impedido o avanço da agenda nacional de reformas e ameaça minar os progressos realizados desde o restabelecimento da ordem constitucional na Guiné-Bissau após as eleições de 2014."
Implementação
O Conselho endossa o Acordo de Conacri assinado pelos atores guineenses em outubro passado. O entendimento definiu um plano para a implementação do roteiro adotado para resolver a crise política.
A resolução apela às partes interessadas a respeitarem rigorosamente o entendimento e o roteiro.
O Conselho aprovou ainda a continuação do regime de sanções, tal como as resoluções dos últimos dois anos.
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Fonte: Rádio ONU