ONU preocupada com situação de civis no oeste de Mossul
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Secretária-geral assistente, Lise Grande, contou que cerca de 120 mil pessoas fugiram da cidade para escapar dos combates; exército iraquiano e forças aliadas tentam retomar o local do controle das mãos de terroristas do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.
Crianças deslocadas de Tal al-Ruman, a oeste de Mossul, no Iraque. Foto: Acnur/Saif Al-Tatooz
Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.
A secretária-geral assistente e vice-representante especial da ONU no Iraque, Lise Grande, afirmou que a organização está preocupada com a situação dos civis no oeste de Mossul.
Esta parte da cidade está sendo alvo de uma ofensiva militar pelo exército do Iraque para resgatar o local do controle do movimento terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil. A operação ocorre após a liberação do leste de Mossul pelos militares iraquianos.
Recursos
Grande falou a jornalistas por videoconferência, do Iraque, na tarde desta quinta-feira.
A secretária-geral assistente contou que o número de pessoas saindo da região é alto, e que o ritmo do êxodo é mais rápido no oeste do que o que ocorreu no leste da cidade. Ela explicou ainda que não existem recursos, no momento, para responder à proporção da saída.
Cerca de 120 mil pessoas fugiram da cidade por causa da violência. A ONU estima que estão no oeste de Mossul 680 mil pessoas.
Mas 400 mil estão na parte velha da cidade, onde ocorre a ofensiva.
Famílias
Lise Grande também explicou o drama das famílias que estão no meio do fogo cruzado. Ela contou que muitas pessoas que escapam estão sendo socorridas por agências da ONU e parceiros.
O Programa Mundial de Alimentos, PMA, por exemplo, está entregando paquetes com comida. Já o Unicef começou a distribuir água potável.
Muitas vítimas estão sendo tratadas após ferimentos a bala.
Lise Grande contou que o Exército iraquiano está tentando proteger os civis durante a ofensiva, como ocorreu no leste da cidade.
Mas segundo ela, muitas famílias não se sentem seguras e decidem deixar a área.
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Fonte: Rádio ONU