“Jornalistas vão aos lugares mais perigosos do mundo dar voz a quem não tem”

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"Jornalistas vão aos lugares mais perigosos do mundo dar voz a quem não tem"

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Em mensagem sobre o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, secretário-geral António Guterres afirmou que mundo precisa de líderes que defendam a imprensa; relator da ONU pediu fim da "demonização" da mídia crítica.

Foto: ONU/Violaine Martin

Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.

"Jornalistas vão aos locais mais perigosos para dar voz aos que não tem voz". Assim, o secretário-geral da ONU, António Guterres, começou sua mensagem sobre o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado nesta quarta-feira, 3 de maio.

O chefe da ONU alertou que os "trabalhadores da mídia sofrem com difamação, violência sexual, detenção, ferimentos e até morte".

Defesa

Guterres disse ainda que o mundo precisa de líderes que defendam uma imprensa livre.

Para ele, isto é crucial para combater a desinformação predominante. Ele declarou também ser preciso que todos defendam o direito à verdade.

No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o secretário-geral fez um apelo ao fim de todas as medidas de repressão contra jornalistas porque, segundo ele, "uma imprensa livre promove a paz e a justiça para todos".

Mudar o mundo

Segundo Guterres, quando se protege jornalistas, suas palavras e imagens podem mudar o mundo.

O relator especial da ONU para promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e expressão, David Kaye, também se manifestou sobre a data. Kaye foi nomeado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para monitorar a liberdade de imprensa e a segurança de jornalistas em todo o mundo.

"Demonização"

Segundo o especialista, muitos líderes "veem o jornalismo como inimigo" e o assédio "governamental à mídia é uma crise global". Neste contexto, ele pediu a todos os governos que tomem medidas para proteger e promover o jornalismo independente.

O especialista fez um apelo às autoridades para que acabem com a "demonização" da imprensa crítica e libertem todos os que estão detidos por exercerem seu direito à liberdade de expressão.

Outras medidas incluem ações para investigar e responsabilizar todos os envolvidos em ataques a jornalistas, "resistir à tentação" de ordenar que websites na internet que removam conteúdo crítico. Ele cita ainda a revogação de leis que sejam "claramente contra liberdade de expressão"

Evitar a vigilância a jornalistas é outro ponto recomendado pelo especialista.

Os relatores especiais fazem parte do Conselho de Direitos Humanos e trabalham de forma voluntária, sem receber salário. Eles não são funcionários da ONU e trabalham de forma independente de qualquer governo ou organização.

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Fonte: Rádio ONU

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