16/12/2015
Financiamentos para água e saneamento reúnem África Ocidental e Central
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São Tomé e Príncipe e Cabo Verde destacam-se nas taxas regionais de cobertura de água potável; uma em cada quatro pessoas da área não tem saneamento adequado; Unicef quer ritmo acelerado nos progressos nesses setores.
Foto: Banco Mundial
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A capital senegalesa Dacar reúne governos da África Ocidental e Central, empresários e ONGs num encontro que procura mais recursos para aumentar o acesso à água potável.
Até quinta-feira, a reunião intitulada Financiamento Inovador para a Água, Saneamento e Higiene na África Ocidental e Central pretende identificar oportunidades para programas dos setores a curto e médio prazos.
São Tomé e Príncipe e Cabo Verde
O Relatório Conjunto do Programa de Monitorização 2015 revela que as maiores taxas regionais de cobertura de água potável são de São Tomé e Príncipe com 97%, do Gabão com 93% e de Cabo Verde com 92%.
O estudo da iniciativa que envolve a Organização Mundial da Saúde, OMS, e o Fundo da ONU para a Infância, Unicef, revela que mais de sete em cada 10 pessoas têm acesso ao saneamento em Cabo Verde.
Em toda a região, um quarto dos habitantes não tem saneamento adequado e os índices nacionais chegam a rondar 12% em casos como do Níger, do Togo e do Chade.
Políticas Fortes
O Unicef estima que 180 mil crianças menores de cinco anos morrem anualmente na África Subsaariana devido às doenças diarreicas associadas à água, à higiene e ao saneamento inadequados. O número equivale a 500 menores por dia.
O diretor regional da agência disse que o ritmo dos progressos deve acelerar de uma forma exponencial com a aplicação de políticas fortes, de financiamento robusto e de uma mudança de prioridades “pelos que têm o poder para agir”.
A região subsaariana acolhe ainda cerca de metade da população mundial que não tem acesso à água potável, além de aproximadamente 700 milhões de pessoas sem acesso ao saneamento melhorado.
A África Ocidental e Central é das áreas com uma parte significativa desse fardo e das perdas económicas globais devido à insuficiência de água, saneamento e higiene que rondam US$ 260 mil milhões anuais.
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