Feltman: "uso de armas químicas não deve ser tolerado"
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Subsecretário-geral da ONU para Assuntos Políticos fez a declaração em pronunciamento no Conselho de Segurança; ele afirmou que o órgão tem de enviar forte mensagem dizendo que a utilização desse armamento terá consequências.
Jeffrey Feltman. Foto: ONU/Manuel Elias (arquivo)
Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.
O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman, afirmou que o Conselho de Segurança precisa enviar uma forte mensagem à comunidade internacional dizendo que o uso de armas químicas não será tolerado.
Em pronunciamento durante reunião de emergência no órgão esta sexta-feira, Feltman afirmou que a mensagem deve deixar claro que a utilização desse tipo de armamento terá consequências.
O representante da ONU fez referência ao ataque com armas químicas realizado esta semana perto de Idlib, que deixou pelo menos 86 mortos e mais de 300 feridos. O encontro no Conselho de Segurança ocorre poucas horas depois do ataque com foguetes dos Estados Unidos contra a base militar síria Al-Shayrat, no estado de Homs.
Responsabilidade
Ele citou o secretário-geral da ONU, António Guterres afirmando que a comunidade internacional tem a responsabilidade de levar à justiça os que realizam ataques com armas químicas.
Além disso, devem assegurar que esses armamentos não sejam usados jamais como instrumentos de guerra.
Feltman declarou que a proteção de civis e a prestação de contas devem estar no topo da agenda global de paz e segurança.
Impunidade
Para ele, no caso da Síria, não pode haver proteção se as partes em conflito, governo e oposição, recebem permissão para agir com total impunidade e se o governo sírio continuar comentendo violações dos direitos humanos contra seus prórpios cidadãos.
Feltman afirmou que os últimos acontecimentos na Síria mostram que "não há outra forma de resolver o conflito do que através de uma solução política".
O subsecretário-geral da ONU pediu a todas as partes que renovem urgentemente o compromisso de avançar nas conversações de Genebra.
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Fonte: Rádio ONU