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Fenómeno climático afeta pelo menos uma em cada 10 timorenses; comunidades contam com assistência humanitária para aliviar tensão criada pelo fim de reservas de alimentos e a seca.
Bandeira de Timor-Leste.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As Nações Unidas estão a ajudar a distribuir sementes de milho e de legumes para milhares de agricultores afetados pelo El Niño em Timor-Leste.
A seca provocada pelo fenómeno climático afeta cerca de 10% da população do país, ou 120 mil pessoas.
Comunidades
O país foi recentemente visitado pelo enviado especial da ONU sobre o El Niño e o Clima. Macharia Kamau revelou que o fenómeno coloca comunidades sob extrema tensão com o fim de reservas e com a seca a obrigar que estas confiem na assistência humanitária.
As declarações foram feitas esta semana em Roma, num evento que reuniu especialistas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, do Fundo Internacional de Desenvolvimento da Agricultura, Fida, e do Programa Mundial de Alimentação, PMA.
África
A reunião alertou que 60 milhões de pessoas do planeta devem sofrer de insegurança alimentar devido ao impacto do El Niño. Cerca de 40 milhões serão da África Oriental e Austral.
A conferência pediu uma combinação de esforços para evitar o sofrimento humano e reforçar a resistência, na sequência dos efeitos arrasadores do El Niño em todo o mundo. As medidas devem ser impulsionadas pelos governos e pela comunidade internacional.
O outro apelo é que haja preparação para lidar com a provável ocorrência do evento climático La Niña ainda este ano, que deve ter grande impacto na agricultura e na segurança alimentar.
Fonte: Rádio ONU