Se alguém me perguntasse qual meu disco favorito de 2024 meu cérebro provavelmente bugaria, porque ele não funciona em esquema de rankings e consequentemente eu também não. Mas se me perguntassem qual álbum mais escutei neste ano a resposta viria rápida e fácil: Wrapped In cellophane.
O debute do quarteto Vessel, conterrâneo do Omni e assim também parte da ótima nova cena independente de Atlanta, roda e segue rodando em minha vitrola virtual sem parar desde que pus os ouvidos nele, em algum momento do primeiro semestre. E por que, perguntaria o alguém imaginário.
Talvez porque a voz de Alex Tuisku me lembre a da querida Kathleen Hanna, e seu jeito meio falado de cantar – comum a vocalistas de outras bandas que gosto muito, como Dry Cleanig, Wet Leg e herdado de Mark E Smith – me agrade bastante, talvez pelo baixo proeminente, talvez pelo inacreditável saxofone que se faz presente por todo o disco, talvez por me jogar pra cima sempre que estou na merda, talvez por também me trazer à memória de maneiras e em músicas diferentes Sleater Kinney lá dos anos 90 e B-52’s, talvez por “Telephone”, “What’s inside” e “Some say”, enfim, são muitos os ‘talvezes’, e talvez (hahaha) caso você leve em consideração todas essa referências ele se torne seu próximo vício.
Ouça no talo!
Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos