A história das duas compilações Under the bridge é tão simples quanto sensacional: em 2022 (e depois em 2024, no segundo volume) Amelia Fletcher e Rob Pursey jogaram no mercado através de seu selo Skepwax uma homenagem ao berço de ambos, a mítica Sarah Records.
Explicando rapidamente o lance do ‘berço indie’ da dupla, Amelia e Rob tocaram no Heavenly, daí sua ligação umbilical com a gravadora de Bristol. E para o tributo, ao invés de simplesmente sacar de canções clássicas lançadas pela Sarah durante seu período de atividade – 1987 a 1995 – convidaram não só bandas que fizeram parte de seu cast e depois seguiram na ativa mas também novos projetos de antigos parceiros de selo a apresentar faixas novas. O resultado?
Em ambos os discos o que poderia ser pura nostalgia se torna uma grande amostra de quão vivo segue o espírito de independência/faça você mesmo da gravadora que se tornou símbolo não só de indie pop, mas de resistência cultural.
Da abertura do primeiro álbum com o Luxembourgh Signal (que ao lado do Jetstream Pony é uma das novas faces musicais da grande Beth Arzy, outrora do Aberdeen) ao encerramento do segundo com o Sepiasound (projeto solo do ex-Blueboy Paul Stewart) são diversos nomes conhecidos e outros a conhecer num mergulho longe da superfície do que a grosso modo é apresentado hoje por aí como alternativo/indie/o que o valha. Não esperaria menos de alunos formados na escola onde estudaram.
Obrigado, Amelia e Rob. E muito Obrigado, Sarah Records
Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos