Engraçado pensar que o Tubeway Army, uma banda que influenciou muito um sem número de outros artistas em diversas cenas do universo eletrônico/sombrio só se tornou um ponto de referência devido ao acaso. Explico.
Pouco antes de gravar seu primeiro disco, em 78, o vocalista Gary Numan (à época Valeriun) encontrou no estúdio em que ensaiavam um minimoog esquecido por outro grupo que por ali havia passado. Se encantou com as possibilidades do brinquedo, e pronto, a história da banda e da música era reescrita.
No segundo disco do trio, Replicas, eles balancearam a equação riffs/sintetizador de sua estreia, refinando as influências de Bowie, Ultravox, Roxy Music/Eno para cravar um trabalho que desde então segue reverberando (pense na coldwave europeia dos anos 80 ou em nomes atuais como Ladytron). Nele também já se ouve as sementes que germinariam na estreia solo de Numan (a clássica “Cars”, lançada poucos meses após o álbum) que então poria um fim definitivo ao Tubeway Army.
Como invariavelmente acontece, era o fim de uma história e o começo de outra a ser contada. Por hoje ficamos com a pergunta: “Are friends electric?”
Essencial!
Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos