Em 11 de outubro de 1993, há exatos 30 anos, os Tindersticks lançavam seu primeiro e homônimo disco e o mundo tomava contato com uma das bandas mais intrigantes e instigantes do dito rock indie/alternativo/o que seja. Quer dizer, tomava contato oficialmente, pois antes o grupo do vocalista Stuart Staples já havia lançado três singles (todos ‘incorporados’ no álbum) e voltando ainda mais no tempo houve o Asphalt Ribbons, uma espécie de embrião dos Sticks. Mas isso é papo pra outro dia.
Porque há 3 décadas estava aberto o bar decadente de Nottingham – terra do saudoso Andy Fletcher, de Robin Hood (hahaha), de Amusement Parks on Fire, de Spotlight Kid e etc – e o rock noventista ganhava tons mais refinados e contornos mais densos, uma dose de uísque puro em meio às cervejas (risos); surgia uma banda na qual as guitarras estavam presentes sem a função de ensurdecer (mais risos).
Nem sei quais minhas canções preferidas em Tindersticks, o disco. A dissonante “Whiskey & water”, “Marble” e seu quase spoken word roqueiro, as cinemáticas “Tie Dye” e “Paco de Renaldos dream”…são várias trips contidas neste universo peculiar, sombrio e melancólico de 21 canções da estreia dos Sticks; aliás palavras como peculiar, sombrio e melancólico seguem descrevendo a sonoridade da banda até hoje, e isso se chama personalidade. Coisa pra poucos.
Essencial!
Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos
