Obviamente No treasure but hope não entrou na lista de melhores discos de 2019 do blogue por uma única razão: não foi escutado. Que outro motivo tiraria um álbum do calibre deste (quase) recém-lançado trabalho dos Tindersticks de nossas escolhas?
Gravada em apenas uma semana, esta é a décima primeira obra de Stuart Staples e cia., e assim como TODOS seus antecessores torna complicada a vida daquele crítico sagaz cujo trabalho é procurar defeitos em discos para poder apontá-los. Na mesma via mas em outra mão, usar termos como sofisticado, soturno, intenso e melancólico para descrevê-lo seria chover no molhado e entediante para quem lê. Mas diabos, é exatamente assim que ele soa, também como TODOS seus antecessores.
Os Sticks são uma banda única, e nesse universo particular em que vivem criam a cada álbum uma peça igualmente única, mantendo sua essência e sobre ela desenvolvendo temas complexos e dramáticos para seu teatro de sombras intimista. E nós, o público, a cada espetáculo terminamos a noite extasiados e embriagados por sua beleza tão rara e triste.
Pra escutar com o coração. Altamente recomendado!
Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos