The Veldt – Marigolds (1992)

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Junto a A.R. Kane e Majesty Crush, o Veldt forma a santa trindade dos gazers pretos. Assim como a banda de Alex Ayuli e Rudy Tambala eles surgiram nos anos 80 e como o Majesty só gravaram os primeiros registros nos 90’s; como ambos, só tiveram seu valor realmente reconhecido muito tempo após sua formação, mas diferentemente dos outros dois grupos, renasceram nos anos 2000 e seguem em atividade.

Formada em 1986 pelos gêmeos Daniel e Danny Chavis, a banda desde sempre carregou a pecha de encrenqueira por não baixar a cabeça para empresários. Num universo de brancos, as gravadoras queriam fazer deles o que se esperava de roqueiros negros à época (basicamente misturar rap e rock), mas os irmãos Chavis se mantinham fiéis ao que acreditavam e faziam. Nem tudo está à venda…

Entre tretas e que tais, um álbum a ser produzido por Robin Guthrie e lançado pela Capitol foi engavetado, até que em 1992 uma subsidiária da Polygram pôs no mercado Marigolds, EP de estreia dos caras que roda agora em nossa vitrola virtual. O disquinho foi produzido por Lincoln Fong, do Moose, que não só não meteu muito a mão no trabalho do Veldt como também tocou baixo nas 9 faixas aqui presentes.

O resultado pôs os gêmeos em evidência, levando-os a excursionar com os Reid e o Cocteau Twins pelos EUA e a um novo contrato, com a Mercury. Por lá lançaram seu primeiro disco cheio, Afrodisiac (de 94), mas as histórias que o cercam (incluindo mais brigas com engravatados) ficam prum outro dia, bem como o renascimento do Veldt como Apollo Heights e além. Hoje o lance é celebrar os primórdios do shoegaze injetado de alma dos conterrâneos de Superchunk e DB’s, fãs de My Bloody Valentine e Prince, quatro referências que aliás dizem muito sobre sua música.

Ouça no talo!

 

Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos

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