Muito raramente tenho escrito algo sobre álbuns recém lançados, e se o faço é porque o disco me pegou de jeito. Exatamente como aconteceu com Glasgow eyes, último trabalho dos irmãos Reid parido oficialmente via Fuzz Club/Cooking Vinyl no último dia 22, mas já há algum tempo rodando pelas vias ilegais da rede.
Eu poderia dar incontáveis voltas e encher linguiça a beça pra falar sobre as 12 canções que compõem o pacote, mas pra isso tá cheio de sites por aí afinal o álbum além de ser do caralho marca os 40 anos da turbulenta trajetória de Jim e William. O que você precisa saber é que Glasgow eyes vem carregado de influências de kraut/Kraftwerk (mas sem exageros eletrônicos), Suicide (sempre, né?) e, por que não, do psych que o Jesus ajudou a semear lá nos anos 80, tudo isso dividido em doses desiguais e embalados nos moldes Mary Chain.
Há momentos mais tranquilos (“Second of june”) e outros mais roqueirões (“American born”, “The Eagles and the Beatles”), mas em todo o disco as referências citadas logo acima se fazem presentes, bem como a acidez forte das letras, e isso já é toda informação necessária. Ateste. Ou não, como diria Caetano.
Mas ouça no talo!
No spotifuck
Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos