The Immaculate Consumptive: Quando Lydia Lunch, Marc Almond, Nick Cave e Foetus formaram uma banda

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A história dos ‘supergrupos’ existe desde que sei lá quando, e volta e meia surge uma nova banda formada por fodões de outras bandas que, talvez de saco cheio de seus parceiros ou talvez tentando levantar um troco extra, se juntam sob algum nome, lançam um álbum, fazem uma turnê e depois retornam ao casamento monótono hahaha.

Acontece que há (quase) 40 anos, entre 30 de outubro e 1° de novembro de 1983, quatro malucos e alguns acompanhantes de luxo que definitivamente não estavam buscando ‘esquentar a relação’ com seus respectivos bandmates simplesmente se juntaram para 3 happenings caóticos em Washington e Nova Iorque. Resumidamente esta é a história do The Immaculate Consumptive, formado por Lydia Lunch, Marc Almond, Nick Cave e J. G. Thirlwell – ou Clint Ruin, talvez mais conhecido como Foetus – com uma mãozinha ou duas de Blixa Bargeld, Barry Adamson, Mick Harvey (dos Bad Seeds) e Annie Hogan (uma das Mabas que tocavam então com Almond).

Há algumas versões sobre como tudo aconteceu, mas independente de ter sido num encontro entre Nick e Lydia durante a primeira turnê pelos EUA do Birthday Party, em Londres enquanto ela filmava “Like dawn to dust” e ele trabalhava com Foetus numa canção de “From here to eternity” – debute dos Bad Seeds – e ambos colaboravam com Almond no projeto Marc and The Mambas ou qualquer outra, ao que parece a ideia partiu da anárquica senhora Lunch, que organizava então um evento de Halloween na terra do tio Sam. Talvez tenha sido algo como ‘ei caras, vamos todos ficar loucos e fazer um som juntos? A gente toca algumas músicas de cada um de nós e vê no que dá’.

 

 

Então com algumas bases pré gravadas em fita pelos citados ‘acompanhantes de luxo’, partiram para uma noite na capital ianque e duas em NY (no mítico Danceteria), e entre spoken word e berros, um piano quebrado por Foetus, Cave de saco cheio e o caos em forma de shows, o The Immaculate Consumptive entrou pra história como o maior supergrupo de vida mais curta de todos os tempos.

Obviamente não há um álbum com algum registro oficial dessa esbórnia, e nem a certeza de onde foi gravado o bootleg abaixo, embora tudo indique que é de uma das apresentações no Danceteria. Mas quem se importa com isso ou a péssima qualidade de som, não é mesmo?

Daria um rim para ter estado lá…

SEGURA A TRIP!

 

Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos

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