On the mouth, terceiro disco dos Chunks, chegou aos 30 anos de idade em fevereiro último e muito provavelmente há pelo menos uns 25 anos tocando em minhas orelhas. Orelhas, braços, pernas, coração, alma e etc.
Desde que saiu é apontado pelos críticos como inferior a seu antecessor (No pocky for kitty, de 91) por, segundo os mesmos, nele a banda ter perdido um tanto do raw power de seus primeiros anos. Mas quem são os críticos na fila do pão, não é mesmo?
O lance é que já em 1993, mesmo com apenas 4 anos de estrada, Laura, Mac, Jim e Jon – que aqui estreou nas baquetas, substituindo Chunk Garrison – já eram heróis do rock independente ianque, herdeiros diretos e alunos aplicados da escola de mestres como Husker Du, Pixies, Sonic Youth e Dino Jr., fazendo e lançando sua música por conta própria, sem se importar com modismos ou em agradar alguém além de seus fãs. Como seguem até hoje, aliás.
Desaceleraram em alguns momentos? Adicionaram ‘texturas’ aos riffs de guitarra em outros? Isso e mais em relação a que? Pra muitos, como eu, o Superchunk surgiu em On the mouth e Foolish, justamente os álbuns ‘de mudança’ do quarteto de Chapel Hill, e de lá pra cá a única mudança real que vejo neles (e em mim) são os cabelos brancos; a energia, o amor e a entrega seguem exatamente os mesmos. E o nome disso é fidelidade, não a um gênero, estética ou estilo musical, e sim ao que se carrega dentro do peito.
Disco de cabeceira! Banda da vida!
Ou
Ou na porra do spotifail
Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos