Correndo por fora num universo de bandas que já correm por fora da propalada ‘nova cena pós-punk’ (hahahaha), o quarteto californiano Self Improvement foi formado com a intenção de soar como o Spits, mas graças a deus ou similar as coisas não saíram como planejado. Prova cabal disso é Visible damage, primeiro e até agora único disco da banda, lançado em outubro do ano passado.
Meio torto, meio angular, acelerado e com vocais por vezes falado e outras berrado, vai certamente te lembrar outros grupos bacanas com meninas à frente como Sweeping Promisses (menos), Dry Cleaning, e Wet Leg (mais), e isso não é, definitivamente, um problema. Ao menos não por aqui.
Há também referências a toda gama do pós-punk dos anos 70/80, de Devo (atenção à guitarra da faixa-título) a Joy Division (quem não, né?), mas em nenhuma das dez músicas do disco se tem a sensação de cópia descarada como acontece com um monte de novos artistas hypados por aí (não, não citarei nomes, vocês que tirem suas próprias conclusões).
Aliás, falando em Joy Division, rola uma aproximação ainda maior entre Jett Witchalls – vocalista do Self Improvement – e Ian Curtis: ela também é epilética, e afirma que grande parte das letras que escreveu para Visible damage nasceram sob o efeito pesado dos medicamentos que toma. Ok, é uma coincidência bizarra e torcemos para que as semelhanças parem por aí, mas sim, ajuda a criar uma aura sinistra ao redor da banda.
Ah sim, antes que me esqueça, é neste disco que está a versão de “Firestarter”, do Podigy.
Ouça no talo!
Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos