Salad – Drink Me (1995)

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Escrever sobre música sem pautas a serem seguidas é um exercício de liberdade que me permite ir e vir no tempo e assim não estar preso a ‘lançamentos ou ‘raridades’, muito menos a gêneros ou sub-gêneros da moda.

Pouco tempo atrás entre audições dos novos álbuns de Dummy e La Luz, pensando em digitar meia dúzia de palavras sobre algum deles, sabe-se lá porque me lembrei de uma canção que há muito não escutava. E aí quando apertei o play em “Drink the elixir”, os dois (ótimos) novos álbuns voltaram pra fila e perderam a vez para Drink me, estreia do esquecido quarteto Salad lançado em 1995 que roda por aqui agora.

A banda nasceu na Inglaterra em meio a uma profusão de grupos britânicos encabeçados por garotas (Sundays, Echobelly, Elastica, Sleeper, Catatonia, Lush, etc), tendo á frente a ex-VJ da MTV Europa Marijne Van Der Vlugt, mas mesmo com seu citado debute chegando a 15º posição na parada de discos do Reino Unido à época de seu lançamento, pouca gente fora do gueto indie sacou (ou saca) o quanto Drink me é do caralho.

Conduzido pela voz de Marijne e pela guitarra ‘solta’ (á Joey Santiago) de Paul Kennedy , o álbum abre com duas canções deliciosamente grudentas, “Motorbike to heaven” e (principalmente) “Drink the elixir”; desacelera em “Machine of menace” e “Warmth of the heart”, e do começo ao fim remete mais a outras guitar bands norte-americanas com mulheres à frente (Breeders, Throwing Muses, Veruka Salt) que às suas conterrâneas do caldeirão britpop.

Dois anos depois lançaram Ice cream, seu segundo trabalho que tem lá seus momentos mas é, a meu ver, muito inferior a seu predecessor. Não sei por concordar comigo ou pela onda musical em que estavam – ou foram – inseridas ter se tornado espuma, a island dispensou o Salad e na sequência o grupo se desfez. Duas décadas depois voltaram à ativa, mas se já em 97 a mágica estava desfeita, que dirá em 2019…

No entanto isso é conversa prum outro dia, hoje o que importa é descobrir ou redescobrir Drink me. Ouça no talo!

No spotifalho

Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos

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