Rollerskate Skinny – Shoulder Voices (1994) + Horsedrawn Wishes (1996)

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Rollerskate Skinny – Shoulder Voices (1994) + Horsedrawn Wishes (1996)

 

“A banda do irmão do Kevin Shields e do cara que canta parecido com o Ian McCulloch”. Poderia começar a acabar assim a biografia dos irlandeses Rollerskate Skinny, mas aí você estaria lendo uma revista de fofocas, e não o PCP.

Ok, Jimi Shields realmente tocou na banda (ao menos no primeiro dos dois discos que lançaram), inclusive foi dele a ideia de mudar o nome do quarteto de Shake para Rollerskate Skinny, mostrando que além de bom músico também era um leitor atento (“She’s quite skinny, like me, but nice skinny, rollerskate skinny.”, do livro ‘O apanhador no campo de centeio”, de J.D. Salinger); e a voz de Ken Griffin ÀS VEZES lembra um Ian McCulloch jovem, mas toda essa conversa é papo de revista de fofocas. Inglesa, claro.

Porque quando ao invés disso se presta atenção a Shoulder voices (94) e Horsedrawn wishes (96), os dois álbuns do grupo, percebe-se porque a mídia especializada, músicos, público e todos que os escutaram ficaram doidos. Tem barulho pra caralho neles (especialmente no primeiro), tem aquele tipo de rock melódico-porém-torto-que-pode-ser-pop na linha Pavement (especialmente no segundo), tem psilocibina musical, tem vários elementos que elevaram outros contemporâneos ou quase contemporâneos ao status de fodões (de MBV ao citado Pavement, de Flaming Lips a Mercury Rev), mas aí o caldo deles entornou quando mandaram júnior Shields embora e assinaram com WEA, porque foi só essas coisas acontecerem e PUFF. Game over.

Daí viraram história, os álbuns se tornaram cultuados em círculos restritos e alternativos de adictos em música e agora cá estão para vosso deleite e também para justificar o nome deste site: dois pequenos clássicos perdidos, daqueles que amamos e recomendamos a quem desconheça que descubra, e a quem os conhece porém se esqueceu que relembre.

“Bow hitch-hiker” e “Swab the temples”, hinos eternos das sessões de air guitar ❤️. Ouça no talo!

 

 

 

Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos

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