Redd Kross – Red Cross (1980)

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Em outubro deste ano de nosso sem or Phaseshifter, o quarto disco da carreira do Redd Kross e aquele que os apresentou oficialmente ao mundo completa 30 anos e talvez eu escreva um pequeno e emocionado relato sobre ele, afinal foi através de Lady in the front row e – obviamente – Jimmy’s fantasy que me apaixonei pelos McDonald. Talvez.

Porque o que quero mesmo fazer e ainda não descobri como, por falta de tempo pra me dedicar, é escrever um PUTA TEXTÃO sobre a história de Steve e Jeff, os tais McDonald, porque eles são foda, porque o Redd Kross está em atividade desde o final dos anos 70 e nunca lançaram um único álbum ruim, enfim, porque eles merecem.

Mas hoje nem uma coisa nem outra. O que vou fazer é apresentar a quem desconhece o início desta longa jornada, quando os irmãos então com 11 e 15 anos de idade puseram fim ao Tourists, sua primeira banda (!!!) e passaram a se chamar Red Cross, com Johh Stielow (logo substituído por Ron Reyes) e Greg Hetson, na abençoada terra da Califórnia em 1979.

Juntaram grana pra uma demo e em agosto do mesmo anos entraram pela primeira vez em estúdio, acompanhados pelo guitarrista do Last (procure saber, jovem padawan) Joe Nolte e lá, no Media Arts Studio, completamente perdidos e sem saber direito o que fazer, gravaram o que deveria ser seu primeiro registro oficial. Deveria, porque quando Robbie Fields, boss da Posh Boy Records – com quem tinham, vejam bem, assinado um contrato – pôs os ouvidos na fita, mandou que a regravassem.

Daí em outubro foram parar no Shelter Studios com o produtor Roger Harris e assim era gestado o primeiro e então homônimo EP do Red Cross, que veria a luz do dia em janeiro de 1980. O então em itálico logo acima se justifica porque tão rápido quanto a ascensão da banda na cena punk californiana, tão rápido quanto os 6 minutos que contem as 6 faixas do EP ou tão rápido quanto a saída de Hatson para formar o Circle Jerks ou de Reyes para entrar no Black Flag, a cruz vermelha caiu de pau nos moleques e assim nascia, praticamente junto ao disquinho, o Redd Kross que tanto amamos por aqui.

Claro que, como deve ter ficado subentendido no último parágrafo, os espinhentos McDonald eram em 1980 totalmente envolvidos com o hardcore californiano, dividindo palcos com as bandas citadas e muitas outras da área, e nem de longe se escuta o caldo power pop-hard rock-proto grunge (risos) que começaria a ser misturado em Neurotica, assumiria consistência com Third eye e transbordaria no querido Phaseshifter. Mas isso, irmãs e irmãos, não tem a menor importância quando se aperta o play, começa a tocar “Cover band” e você saca que o humor meio Beavis & Butthead de Jeff e Steve já estava presente, embalado pela velocidade e crueza punk.

Descubra. Ou redescubra. Recomendo ouvir no talo!

 

 

Ou

 

 

Ou na porra do spotifalho

 

Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos

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